quarta-feira, 12 de julho de 2023

A importância das sementes crioulas para a agricultura familiar

 A distribuição de sementes crioulas é de extrema importância para a agricultura familiar. As sementes crioulas são variedades de plantas tradicionais, adaptadas às condições locais, que são cultivadas e preservadas ao longo de gerações por agricultores familiares. Elas possuem características únicas, como resistência a pragas e doenças, adaptabilidade ao clima e qualidade nutricional.

A utilização de sementes crioulas na agricultura familiar traz diversos benefícios. Em primeiro lugar, elas promovem a autonomia dos agricultores, permitindo que eles tenham controle sobre as sementes que utilizam, evitando a dependência de sementes comerciais híbridas ou transgênicas. Isso é fundamental para a sustentabilidade e a soberania alimentar das comunidades rurais.

Além disso, as sementes crioulas contribuem para a preservação da biodiversidade agrícola. Elas são um patrimônio genético que representa a diversidade de culturas e variedades locais, muitas vezes ameaçadas de extinção devido ao avanço da agricultura industrial. Ao cultivar e compartilhar sementes crioulas, os agricultores familiares ajudam a manter a variedade genética e a conservar espécies que poderiam se perder.

Outro aspecto relevante é a adaptação das sementes crioulas às condições locais. Essas sementes são selecionadas ao longo do tempo pelos agricultores, levando em consideração as características do solo, do clima e das práticas agrícolas da região. Portanto, elas tendem a ser mais resistentes a doenças e pragas específicas da área, aumentando a produtividade e reduzindo a necessidade de uso de agrotóxicos.

sábado, 1 de julho de 2023

Agricultura e Comercialização Agrícola na Antiguidade


Ao se falar da agricultura, não se pode esquecer o Egito pagando um justo tributo aos fatores naturais que foram preponderantes para que essa civilização o que ocupava uma estreita faixa de terra cercada de desertos,se desenvolvesse de modo tão  exemplar para o mundo de hoje.
O rio Nilo fornecia  a  água necessária   para sobrevivência do plantio do Egito. No período das cheias suas águas transbordavam o leito normal e inundavam as margens, depositando uma camada riquíssima de humus, aproveitada com sabedoria pelos egípcios tão logo o período de enchentes passava, aproveitando ao máximo o solo fértil para o cultivo. Utilizaram um sistema de controle da água em quantidades suficientes conforme a necessidade das plantas, assegurando sua produtividade. Recuperaram terras pantanosas, construiram diques.
A agricultura era a atividade mais importante na economia egípcia. O tempo disponível nos períodos de entressafra era absorvido nas construções de monumentos, templos sepulcros,no artesanato e em obras de irrigação. Além dos produtos agrícolas complementavam sua alimentação  com pesca e caça. Fabricavam vinhos de uvas e tâmaras, pão e cerveja de trigo e cevada. Com um vegetal chamado papiro faziam cordas, redes, barcos e o famoso tecido para escrever. Na agricultura adotavam uma técnica muito simples,utilizando os animais para a semeadura em terrenos moles e a enxada e o arado em terrenos, mais duros.
E alem desses aspectos ligados essencialmente ao setor da produção, há o registro histórico das ações de apoio a comercialização e abastecimento alimentar, visando o enfrentamento dos momentos de escassez das colheitas. O primeiro relato que existe da construção dos primeiros armazéns datam de 1700A.C., onde José ao interpretar um sonho que o rei teve, no qual haveria sete anos de abundância, seguidos por sete anos de fome em todo país; José começou a construir e estocar um quinto da colheita de cada ano em armazéns e celeiros, em cada cidade do Egito; e o país sobreviveu, nos anos de fome, através de bons planejamentos e distribuição.Esses armazéns construídos   em forma piramidal e com as faces distribuídas conforme os pontos cardeais, asseguravam as qualidades dos grãos, reduzindo ao mínimo as quebras por perdas de umidade e evitando ataque de pragas e doenças.
José desenvolveu uma nova maneira no uso da terra,nos indicando que certas coisas que são desenvolvidas numa situação de emergência podem se tornar parte da vida normal. A maneira como o trigo foi armazenado e distribuído expandiu o trabalho e responsabilidade por todo o país. Ao invés de ter um grande centro, José fez com que cada região montasse seu armazém. Essa constatação faz a tão festejada pregação dos especialistas atuais em Agronegócios,virar peça de museu.
O Egito era o único país que estava preparado para a fome no Médio Oriente, pôde satisfazer suas próprias necessidades e a de países vizinhos. Nos mostra que o planejamento para enfrentar situações de desastres pode trazer benefícios para o país,fazendo o bem e atingindo os propósitos da humanidade.