O serviço que a logística presta é fator chave para incrementar o comércio regional e internacional cuja meta é providenciar produtos ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível. Isso é conseguido por meio de uma administração adequada das atividades chaves da logística – transporte, manutenção de estoques, processamento de pedidos e
várias atividades de apoio adicionais.
Aqui tratamos de assuntos ligados à logística de produtos agropecuários. Pretende-se neste espaço comentar e discutir a visão integral da Logística como forma do Gerenciamento Empresarial contemporâneo, inserida no conceito de cadeia de suprimento, dotando-os dos principais conceitos e habilidades para a tomada das decisões logísticas numa empresa, em função de conseguir e manter sua competitividade no atual ambiente do mercado.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Agricultura no mundo
Quase todas as atividades realizadas
pelo homem têm caráter econômico, ou seja, envolvem trocas monetárias: a
produção de mercadorias agrícolas e industriais, o comércio desses produtos, as
atividades imobiliárias, educacionais, esportivas, etc. Por meio da atividade
econômica a sociedade produz os bens que necessita, tanto os materiais quanto
os imateriais ou serviços.
No ato de produzir, consumir e trocar
produtos, o espaço está sendo transformado. No entanto, nenhum elemento que já
existisse no planeta é utilizado para a criação de novos produtos. O que se
altera é o modo de combinar os mesmos elementos, os novos instrumentos
desenvolvidos para executar as tarefas e o trabalho humano empregado.
No período pré-capitalista, as sociedades
eram basicamente agrícolas e não se diferenciavam muito umas das outras quanto
ao estágio de desenvolvimento. A diferenciação só se acentuou com o
capitalismo, quando a atividade industrial começou a se tornar predominante em
alguns países.
O setor primário, tradicionalmente
caracterizado como rural, com pequena participação nos índices nacionais de
produção e técnicas rudimentares, passou por uma grande evolução nas últimas
décadas. As novas tecnologias permitem realizar melhoramentos genéticos na
agropecuária e aumentar a produtividade, imprimindo um ritmo industrial a essa
atividade.
O campo e a
cidade
Nas sociedades antigas, a agricultura
era a principal atividade econômica. Mesmo naquelas que se celebrizaram pelo
esplendor de suas cidades, a grande maioria da população que trabalhava vivia
nos campos. Na antiguidade, o campo constituía o espaço da produção; a cidade,
o espaço da circulação e do consumo das mercadorias produzidas. A cidade foi
também o espaço da política, do ócio, das artes e da ciência.
As civilizações urbanas que se
desenvolveram na Mesopotâmia e no Egito eram sustentadas pelo trabalho dos
camponeses. O excedente da produção rural se transformava em tributos pagos aos
governantes e sacerdotes, habitantes das cidades.
A agricultura também foi a base
econômica durante toda a Idade Média. Nesse caso, o trabalho agrícola cabia aos
servos, e o excedente da produção alimentava os senhores feudais (inclusive o
clero) e seus exércitos.
Nas sociedades pré-industriais, o campo
abrigava a grande maioria da população e era responsável pela quase totalidade
da produção de riquezas. Por meio de diferentes mecanismos de coerção política,
o excedente da produção agrícola acabava canalizando para o sustento das
populações urbanas e dos homens em armas.
A Revolução Industrial transformou
radicalmente as relações entre o campo e a cidade. Somente as cidades podiam
oferecer as condições necessárias para o nascimento da grande indústria:
concentração de mão-de-obra e mercado consumidor, além da possibilidade de uso
comum da infra-estrutura necessária ao funcionamento das fábricas (sistema de
energia e abastecimento de água).
A urbanização acompanha a
industrialização. Ao mesmo tempo que libera mão-de-obra para as atividades
urbano-industriais, a agricultura deve responder pela produção de uma
quantidade crescente de alimentos para as populações das cidades. Menos pessoas
produzindo no campo, mais pessoas consumindo nas cidades: isso só foi possível
graças ao aumento da produtividade agrícola. Um conjunto de transformações nas
técnicas de cultivo conhecido como Revolução Agrícola precedeu e preparou a
Revolução Industrial.
Nas economias modernas, o mercado
urbano (de alimentos e matérias-primas) determina a produção agrícola. A
produção rural, antes auto-suficiente, se especializa e passa, de um lado, a
atender às demandas da cidade e, de outro, a depender das cidades para o
abastecimento de maquinários, insumos e alimentos industrializados. A cidade,
antes espaço de consumo e circulação de excedentes da produção agrícola, se
torna centro de transformação industrial e de redistribuição da totalidade
dessa produção.
O campo se
moderniza
Nos países
desenvolvidos, o emprego massivo de tecnologia na agricultura produz uma forte
integração entre o setor agrícola e o setor industrial. Nesse caso utiliza-se a
expressão agricultura industrializada.
Ao mesmo tempo que
atende às demandas urbano-industriais, a agricultura nesses países constitui um
poderoso mercado de consumo para as indústrias urbanas. Tratores, semeadeiras e
colhedeiras mecânicas, fertilizantes, adubos químicos e até computadores fazem
parte do arsenal de insumos industriais que explica as elevadas taxas de
produtividade agrícola.
Apesar de toda a
tecnologia empregada, o trabalho na agricultura é menos produtivo que do que o
trabalho na indústria.
Nesses países, a
participação do setor agrícola no PIB é sempre inferior a porcentagem da PEA
empregada na agricultura. A indústria, em contrapartida, apresenta uma
participação no PIB superior à PEA empregada no setor. Isso significa que uma
mesma porcentagem de trabalhadores produz menos riquezas na agricultura do que na indústria. Esse diferencial negativo
de produtividade indica que, apesar dos altos investimentos em tecnologia, a
agricultura jamais se industrializa completamente. Mesmo mecanizada e
automatizada, a agricultura continua vulnerável aos ciclos vegetativos impostos
pela natureza, bem como às alterações climáticas que escapam ao controle humano
e impõem barreiras à aceleração do ritmo de produção.
Entretanto a
reduzida participação da agropecuária na geração do PIB e na absorção da PEA
escamoteia a verdadeira importância do setor na economia dos países
desenvolvidos. Em muitos deles, o setor primário dinamiza inúmeros ramos
industriais.
As novas relações cidade X
campo
A produção
agrícola é obtida em condições muito heterogêneas no mundo. Das diversas formas
de relação entre o homem e o meio geográfico, a vida rural, e mesmo a vida da
população urbana que trabalha em atividades agrícolas é muito
diversificada.
Os países
desenvolvidos e industrializados intensificaram a produção agrícola por meio da
modernização das técnicas empregadas, utilizando cada vez menos mão-de-obra.
Nos países subdesenvolvidos, foram principalmente as regiões agrícolas que
abastecem o mercado externo que passaram por semelhante processo de
modernização das técnicas de cultivo e colheita. Em contrapartida, houve o
êxodo rural acelerado, que promoveu o drástico empobrecimento dos trabalhadores
agrícolas, concentrados nas periferias das grandes cidades. Por outro lado,
todas as regiões em que se utilizam métodos tradicionais de produção –
principalmente nos países pobres do Sudeste asiático e na maioria dos países
africanos – buscam ainda meios de associar um modo de vida rural extremamente
rudimentar às incertezas biogeográficas e climáticas, na tentativa de evitar o
flagelo da fome.
Os sistemas agrícolas
Os sistemas
agrícolas e a produção agropecuária podem ser classificados como intensivos
ou extensivos. Essa noção está ligada ao grau de capitalização e
ao índice de produtividade, independente da área cultivada ou da criação. As
propriedades que, através da utilização de modernas técnicas de preparo do
solo, cultivo e colheita, apresentam elevados índices de produtividade e
conseguem explorar a terra por um longo período, praticam o sistema intensivo.
Já as propriedades que se utilizam da agricultura tradicional (aplicação de
técnicas rudimentares com baixa produtividade) praticam a agricultura ou
sistema extensivo.
A agricultura de
subsistência
São sistemas agrícolas largamente aplicados em
regiões onde a agricultura é descapitalizada. A produção é obtida em pequenas e
médias propriedades ou parcelas de grandes latifúndios (nesse caso, parte da
produção destina-se ao proprietário para pagamento do aluguel), com utilização de mão-de-obra familiar e
técnicas tradicionais e rudimentares onde a produção destina-se a subsistência
da família. Por falta de assistência técnica e de recursos, não há preocupação
com a conservação do solo, as sementes utilizadas são de qualidade inferior,
não se investe em fertilizantes e, portanto, a rentabilidade, a produção e a
produtividade são baixas. Nesse tipo de sistema é freqüente o uso das queimadas em novas áreas de
plantio, tendo em vista a medida em que o solo é esgotado, muda-se de local.
Daí o nome de agricultura itinerante. Tal sistema ainda existe em boa parte
dos países africanos, asiáticos e na América Latina, mas o que prevalece hoje é
uma agricultura de subsistência voltada ao comércio urbano, porém o dinheiro
apenas garante a sobrevivência do agricultor e sua família.
A agricultura de jardinagem
(rizicultura irrigada)
Essa expressão se
originou no Sul e Sudeste da Ásia, onde há uma enorme produção de arroz em planícies
inundáveis, com utilização intensiva de mão-de-obra.
Tal como a
agricultura de subsistência, esse sistema é praticado em pequenas e médias
propriedades. A diferença é que nelas se obtém alta produtividade, através do
selecionamento de sementes, da utilização de fertilizantes, da aplicação de
avanços biotecnológicos e de técnicas de preservação do solo que permitem a
fixação da família na propriedade por tempo indeterminado. Nos países com altas
densidades demográficas, as famílias contam com áreas muitas vezes inferiores a
um hectare e as condições de vida são bastante precárias.
Após a
comercialização da produção e a realização de investimentos para nova safra, há
um excedente de capital que permite melhora, a cada ano, as condições de
trabalho e a qualidade de vida da família. Porém, esse contexto não vale como
regra.
A Plantation
É a grande
propriedade monocultora, com produção de gêneros tropicais, voltada para a
exportação. Forma de exploração típica dos países subdesenvolvidos. Esse
sistema foi amplamente utilizado durante a colonização européia.
Na atualidade,
esse sistema persiste em várias regiões do mundo subdesenvolvido (Brasil,
Colômbia, América Central, Gana, Costa do Marfim, Índia, etc.), utilizando além
de mão-de-obra assalariada, trabalho semi-escravo ou escravo.
Cinturão verde e bacias
leiteiras
Ao redor dos
grandes centros urbanos, onde a terra é valorizada, pratica-se agricultura e
pecuária intensiva para atender às necessidades de consumo da população local.
Nessas áreas produz-se hortifrutigranjeiros e cria-se gado para a produção de
leite e laticínios em pequenas e médias propriedades, com predomínio da
utilização de mão-de-obra familiar. O excedente obtido é aplicado na
modernização das técnicas.
As empresas agrícolas
São as
responsáveis pelo desenvolvimento do sistema agrícola dos países desenvolvidos,
com destaque para os Estados Unidos e a União Européia. Nesse sistema, a
produção é obtida em médias e grandes propriedades altamente capitalizadas,
onde se atingiu o máximo do desenvolvimento tecnológico. A produtividade é
muito alta em decorrência do selecionamento de sementes, uso intensivo de
fertilizantes, elevado grau de mecanização agrícola, utilização de silos de
armazenagem, sistemático acompanhamento de todas as etapas de produção e
comercialização por técnicos. Funciona como uma empresa e sua produção é
voltada ao abastecimento do mercado interno e externo. Nas regiões onde se
implantou esse sistema, verifica-se uma tendência à concentração de terras, na
medida em que os produtores que não conseguem acompanhar os avanços tecnológicos, perdem condições de
concorrer no mercado e acabam por vender suas propriedades. É o sistema
agrícola predominante nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, União Européia e
porções da Argentina e do Brasil.
A agropecuárias em países
desenvolvidos
De maneira geral,
a agricultura e a pecuária são praticadas de forma intensiva, com grande
utilização de técnicas biotecnológicas modernas. Em razão disso, é pequena a
utilização de mão-de-obra no setor primário da economia (conforme tabela
acima).
Nesses países,
além dos elevados índices de produtividade, obtém-se também um enorme volume de
produção que abastece o mercado interno e é responsável por grande parcela do
volume de produtos agropecuários que circulam no mercado mundial. Uma quebra de
safra de qualquer produto cultivado nos Estados Unidos tem reflexos imediatos
no comércio mundial e na cotação dos produtos agrícolas.
A
agropecuárias em países subdesenvolvidos
Nos países subdesenvolvidos
é impossível estabelecer generalizações, já que os contrastes verificados entre
os membros desse bloco repetem-se também no interior dos próprios países, onde
convivem lado a lado, modernas agroindústrias e pequenas propriedades nas quais
se pratica a agricultura de subsistência.
Tanto nos países subdesenvolvidos cuja base
econômica é rural, como nas regiões pobres dos países subdesenvolvidos
industrializados, há um amplo predomínio da agricultura de subsistência
contrastando com o sistema de plantation. Essa situação é uma herança
histórica do período
em que esses países foram colônias. Desde então, excluem a população dos benefícios econômicos
atingidos.
O setor primário
constitui a base da economia nesses países. Como se pratica uma agricultura
predominantemente extensiva, o percentual da população economicamente
ativa que trabalha no setor primário é
sempre superior a 25%, atingindo, às vezes, índices espantosos. Porém, isso não significa que esses países são os maiores
produtores de alimentos, bem como também não são grandes exportadores.
A maior quantidade
de alimentos por trabalhador agrícola não é produzida pelos países com maior
concentração populacional no campo. Ao contrário, a alta produtividade é
característica dos países mais urbanizados, mais industrializados, mais
mecanizados e com maiores investimentos em pesquisas tecno-científicas. Isso
permite-nos afirmar que, os países ou regiões onde a economia tem por base a
produção agrícola são os que passam por maiores dificuldades econômicas e, por
conseguinte, são os países onde a maioria de sua população tem problemas (grave
as vezes) de desnutrição ou subnutrição.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Desenvolvimento humano é chave dos futuros modelos de gestão.
Os maiores especialistas em gestão do mundo
defendem liderança com olhos atentos ao indivíduo
• Clareza: deixe claro o papel de cada colaborador e como os pontos fortes de cada um deles contribuem em sua concepção do que é o sucesso;
• Engajamento: o gestor deve perceber que fatores motivam e estimulam os pontos fortes de cada colaborador, assim como ocorrências que possam disparar suas fraquezas;
• Aceleração: conhecidas as virtudes e fraquezas de cada um dos membros da equipe, o gestor deve proporcionar aceleração, concedendo aquilo que motive e removendo obstáculos que levem à exposição de fraquezas.
Uma sociedade diferente e com novos valores exige
novas respostas quando o assunto é gestão. O Thinkers 50 selecionou este ano,
pensadores do mundo todo que demonstram em seus trabalhos alguns fatores em
comum: conceitos de gestão e liderança mais humanos e flexíveis; atenção
especial aos desafios e quebra de paradigmas para adquirir inovação e cultura
digital nas empresas.
O consultor americano Jim Collins, eleito o quarto
pensador mais influente de 2011 pela pesquisa, é o criador do processo
entitulado “Good to Great”, sob o qual propõe a construção de organizações com
excelência e orientação para o desenvolvimento pessoal a partir de quatro
passos:
1. Pessoal disciplinado: aqueles
que querem construir grandes organizações devem assegurar que as pessoas certas
façam parte da missão. Por isso, excluir as pessoas erradas e garantir que as
pessoas certas estejam no lugar correto, na visão de Collins é garantir que a
condução desse processo seja feita por “líderes nível 5”, ou seja, por aqueles
que possuem ambição no contexto corporativo, humildade e ao mesmo tempo vontade
de construir;
2. Pensamento disciplinado:
aqueles ao encargo de grandes organizações devem demonstrar a fé de que as
coisas ao final darão certo, mas ao mesmo tempo precisam estar preparados para
confrontar a realidade, por mais brutal que essa possa parecer;
3. Ação disciplinada: sob a
“cultura de disciplina” de Collins, pessoas não têm funções, mas sim
responsabilidades. Para ele, não há milagres e sorte, mas sim pequenos
“empurrões” que giram uma engrenagem até o momento onde essa possa romper
barreiras;
4. Grandeza construída para
durar: Collins comenta que a grandeza está em criar organizações que possam ser
bem sucedidas durante muitas gerações de líderes. Desse ponto de vista,
permanecer dependente de uma liderança única e carismática para crescer pode
ser um problema. A regra é “modifique tudo exceto aqueles valores primordiais”,
comenta o consultor.
Uma posição mais humana e próxima dos líderes não é
uma filosofia defendida apenas por Collins. Marcus Buckingham, autor de
best-sellers na área e especialista em treinamento executivo, foi eleito como o
oitavo guru mais influente pelo Thinkers 50 deste ano, e defende uma gerência
mais atenta aos colaboradores, que trabalhe impulsionada por quatro demandas:
• Seleção: o líder deve escolher
as pessoas certas para cada um dos papéis que deseja preencher;• Clareza: deixe claro o papel de cada colaborador e como os pontos fortes de cada um deles contribuem em sua concepção do que é o sucesso;
• Engajamento: o gestor deve perceber que fatores motivam e estimulam os pontos fortes de cada colaborador, assim como ocorrências que possam disparar suas fraquezas;
• Aceleração: conhecidas as virtudes e fraquezas de cada um dos membros da equipe, o gestor deve proporcionar aceleração, concedendo aquilo que motive e removendo obstáculos que levem à exposição de fraquezas.
Individualidade:
a palavra-chave
Jim
Collins e Marcus Buckingham concentram suas teorias na capacidade que o tem de
motivar, entender, recompensar e punir.
Porém,
outros pensadores como Gary Hamel, Tom Peters e o indiano Vineet Nayar, focam
suas análises no potencial individual e nas relações humanas que surgem em
resposta a uma crise, seja financeira ou de gestão.
O que a teoria dos jogos tem a ver com sua vida e com sua empresa
Dois estudiosos da Teoria dos Jogos – Merrill Flood
e Melvin Dresher – propuseram, em 1950, o Dilema do prisioneiro, aqui exposto
para ajudá-lo a compreender as algumas variáveis envolvidas na concorrência
entre empresas.
Dilema do prisioneiro
Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A
polícia tem provas insuficientes para condená-los, mas, separando-os, propõe a
ambos o mesmo acordo: se um dos prisioneiros, confessando, testemunhar contra o
outro e esse outro permanecer em silêncio, aquele que confessou sai livre,
enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em
silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos
traírem o comparsa, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua
decisão sem saber que decisão o outro irá tomar. A questão que o dilema propõe
é: o que vai acontecer? Como os prisioneiros irão reagir?
O fato é que pode haver dois vencedores no jogo,
sendo essa solução a melhor para ambos. Entretanto, os jogadores confrontam-se
com alguns problemas: confiar no cúmplice e permanecer negando o crime, mesmo
correndo o risco de ser colocado numa situação ainda pior, ou confessar e
esperar ser libertado, mesmo considerando que, se o outro fizer o mesmo, ambos
perderão mais do que se permanecerem calados?
Um experimento baseado nesse simples dilema
descobriu que cerca de 40% dos participantes cooperaram, isto é, ficaram em
silêncio. Em última instância, não importa os valores das penas, mas o cálculo
das vantagens de uma decisão, cujas conseqüências estão atreladas às decisões
de outros agentes e na qual confiança e traição fazem parte da estratégia. O
modo de pensar adotado aqui é o seguinte: "Se eu pensar sobre como você
pensa sobre mim, eu não devo cooperar, pois pressuponho que você vai me julgar
não cooperativo e antecipo dessa maneira minha deserção".
A concorrência de preços
Passemos agora para uma situação prática através da
qual chegaremos mais próximos do nosso objetivo de ligarmos a teoria dos jogos
à concorrência empresarial.
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