segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Poder Político para o Agronegócio

Poder político para o agro  

Publicado
em 17/12/2010

Brasil ganhará se o governo igualar o peso político do agronegócio ao mesmo patamar dos benefícios socioeconômicos e ambientais que o setor gera para a nação


 

* Cesário Ramalho da Silva é presidente da Sociedade Rural Brasileira

O Brasil ganhará se o governo da presidente eleita Dilma Rousseff igualar o peso político do agronegócio ao mesmo patamar dos benefícios socioeconômicos e ambientais que o setor gera para a nação. Cabe a Dilma assumir o compromisso de encampar a valorização do setor rural junto ao próprio governo e à sociedade, tirando o agro da periferia do poder. 

Esta posição justifica-se pelo fato que o agronegócio é a maior riqueza do Brasil. Responsável por 25% do PIB e um terço dos empregos, em 2009, o setor representou quase metade do total das exportações (42%).


O bom resultado econômico se transformou em indicadores sociais positivos: maior poder aquisitivo do brasileiro em relação aos alimentos, desenvolvimento dos polos agrícolas e regiões adjacentes, conforme mostrou o IBGE, e o efeito multiplicador de oportunidades e negócios que o agro irradia para os outros segmentos da economia.

Os recentes aumentos nos alimentos são por razões climáticas, que interferiram nas colheitas e estoques mundiais, desequilibrando a oferta e demanda, bem como pela intensa ação especulativa dos fundos de investimento.

Na esfera ambiental, manutenção das nascentes d'água, sequestro de carbono proveniente de lavouras, pastagens e florestas plantadas, proteção da fauna e flora, cuidados com o solo, entre outras ações, são contribuições gratuitas que o produtor rural presta à sociedade, salvo raras exceções.

O Brasil pode perfeitamente ser a potência dos alimentos, da energia limpa e dos produtos advindos da combinação da ciência com a nossa megabiodiversidade. O agro é o segmento que tem mais legitimidade para liderar este processo, porque é a atividade de natureza mais intrinsecamente ligada ao meio ambiente.

O setor tem genuína competência para costurar alianças de interesse público para tratar da questão. O poder político para o agro dará ao Brasil a chance de planejar uma estratégia competitiva, ágil e duradoura, com foco no desenvolvimento sustentável.

Renda

Porém, este redesenho institucional só será viável se o setor distribuir os dividendos da sua boa performance financeira com o principal, mas, simultaneamente, elo mais fraco da cadeia produtiva, o produtor. Especialmente a classe média, espremida entre o poder financeiro de grandes grupos fornecedores de insumos, conglomerados agroindustriais e gigantes varejistas.

O agro caminha bem, mas o produtor não. Segundo o Ministério da Agricultura, o valor de produção das 20 principais lavouras deve fechar 2010 em R$ 169,41 bilhões, resultado 1,5% superior ao obtido em 2009. Contudo, o cálculo abrange apenas o que é produzido dentro das fazendas, desconsiderando, por exemplo, inflação e custos de transporte. Grosso modo, há um verniz de rentabilidade em uma situação, que na ponta do lápis não é bem assim.

Paralelamente, a demanda por alimentos cresce, principalmente, nos países emergentes. No entanto, são cada vez maiores as restrições de áreas agricultáveis no mundo, sendo o Brasil uma das pouquíssimas exceções. Diante deste cenário, o produtor tem que investir cada vez mais em novas tecnologias, a fim de incrementar a produtividade. São gastos com defensivos, fertilizantes, sementes, maquinário, vacinas, suplementos, recursos humanos, ferramentas de gestão e assim por diante.


Tudo isso custa caro, mas ainda paira a falsa percepção que a atividade rural é um processo barato. A indústria alimentícia cobra pela inovação. O produtor não consegue repassar custos, porque ele não dá preço, é refém das cotações dos mercados. Como resolver esta intrincada equação em que é preciso aumentar a produção, de modo equilibrado com o meio ambiente e que remunere satisfatoriamente o produtor? Esta é uma solução que precisará ser encontrada.

Gestão transversal


Um caminho avança pelo estímulo ao tratamento integrado do agro. No passado recente, a pasta da Agricultura teve ótimos ministros, mas seu calibre político ainda é aquém da importância do setor que ela representa. Além disso, a diversidade de políticas públicas vinculadas a outras áreas - mas que interferem diretamente no agro - dificulta ações concatenadas, quiçá planejamento. Sem acesso a um conjunto de temas que o influenciam, o setor rural fica imobilizado.

Pela sua história de superação e coragem, a presidente Dilma tem o "dna" da perseverança e inovação. E o novo também passa pela implementação de uma plataforma de gestão transversal para o agro. O setor precisa ter mais autoridade para discutir os rumos da política agrícola (crédito, seguro, preços mínimos) e, principalmente, ter assento e voz nos fóruns de decisão de questões relativas à infraestrutura, meio ambiente, trabalho, juros, tributação, negociações internacionais, segurança alimentar e jurídica, ciência e tecnologia, entre outras. 

Exemplo seria o Ministério da Agricultura reassumir cadeira no Conselho Monetário Nacional (CMN). Ao ser protagonista das decisões estratégicas que o impactam, o agro, certamente, trará resultados positivos ainda mais rápidos, amplos e consistentes para o País.

Poder político para o agro

domingo, 26 de dezembro de 2010

MAIOR ESCÂNDALO AMBIENTAL DA HISTÓRIA

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Maior Escândalo Ambiental da História


 

Quantidade de Créditos de MDL Vendidos Por País


 


 



 


 

O protocolo de Quioto de 1995 estabeleceu três mecanismos de mercado para negociar a redução de emissão de carbono: 1) Comércio de Emissões; 2) Implementação Conjunta; e 3) Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Dos três, apenas o último interessa ao Brasil ou à China ou à Índia ou a qualquer outro país subdesenvolvido ou pobre, pois esses países não estão obrigados a reduzir suas emissões pelo Protocolo.


Segundo o MDL, os países ou empresas dos países ricos fariam investimentos nas nações menos desenvolvidos para reduzir as emissões de carbono e assim conseguiriam créditos que poderiam ser abatidos nas suas obrigações com o Protocolo.

O problema é que a fiscalização nessas transações de MDL é quase inexistente e acabou gerando vários casos absurdos. Ontem,
Christopher Booker relatou que firmas chinesas e indianas estão deliberadamente gerando grandes quantidades de gases altamente poluentes como o HFC-23 (hidroflurocarbono), que é 11 mil vezes mais poluente do que o carbono, para depois cobrar para destruir a

geração desse gás.


 

China e Índia têm licença para produzir o gás refrigerante HFC-22 até 2030, esse gás gera o HFC-23 como subproduto. Para destruir esse subproduto, esses países vendem creditos de MDL, isto é, cobram para destruir esse gás. E, por vezes, essa destruição sai muito mais cara do que seria normal.

O site
New Europe disse ontem que a Europa pagará 3,5 bilhões de euros para destruir HFC-23 na China e na Índia até 2012, que custaria normalmente apenas 40 milhões.


Calcula-se que  51% dos projetos do MDL são relacionadas a essas fraudes com HFC-23.
Mark Roberts da Agência de Investigação Ambiental diz que esse "This is the biggest environmental scandal in history and makes an absolute mockery of international efforts to combat climate change." (Este é o maior escândalo ambiental da história e faz zombaria dos esforços internacionais de combate à mudança climática")

Como se vê no
gráfico acima retirado do site da ONU, a China e a Índia estão bem na frente do Brasil na venda de MDLs. O Brasil está apresentando um programa de eliminação de HFC e os MDLs brasileiros, até onde eu sei, são mais relacionados a lixões (controle da emissão de metano).

O MDL como está não pode ficar. Só não sei se a atual diplomacia brasileira compartilha da minha opinião.


Eu sou completamente cético em relação à idéia de mudança climática provocada pelo homem, mas o relato de Booker, mostra que além de erros científicos, comunismo (ver o post sobre Tribunal Criminal para o Clima) e lobbies políticos, há muita corrupção debaixo do guarda-chuva de "proteger o planeta".

Créditos de Carbono

O que é crédito de carbono?

Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir.

O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes.

Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais.

Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias, como o exemplo do Clean Air de 1970, e os contratos na bolsa estadunidense. (Emission Trading – Joint Implementation).

Há várias empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas dos países subdesenvolvidos e países em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.

Crédito de Carbono é então, uma espécie de moeda ambiental, que pode ser conseguida por diversos meios:Projetos que absorvam GEE (Gases de Efeito Estufa) da atmosfera, reflorestamento, por exemplo:

Redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis;

Substituição de combustíveis fósseis por  energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica) etc;

Aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários), para a produção de energia.

No Brasil temos um grande potencial para a geração de "créditos de carbono". O porte de nosso setor florestal é inigualável, nossa matriz energética é peculiar e não nos faltam fatores físicos, geográficos e climáticos favoráveis ao desenvolvimento de fontes energéticas ambientalmente sadias.

Como é feita a quantificação do carbono?


 

A quantificação é feita com base em cálculos, os quais demonstram a quantidade de dióxido de carbono a ser removida ou a quantidade de gases do efeito estufa que deixará de ser lançada na atmosfera com a efetivação de um projeto. Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente. Essa medida internacional foi criada para medir o potencial de aquecimento global (GWP – Global Warmig Potencial) de cada um dos seis gases causadores do efeito estufa. Por exemplo, o metano possui um GWP de 23, pois seu potencial causador do efeito estufa é 23 vezes mais poderoso que o CO2. Em países como a China e a Índia, ainda é utilizado na indústria de refrigeração, um gás chamado HFC 23 que possui um GWP de 11.700, ou seja, muito mais poderoso que o CO2 e que o CH4.

Esses países estão desenvolvendo projetos de MDL baseados na utilização de tecnologias para coletar e dissolver este gás.

Segunda a Ecosecurities, a tonelada de carbono está sendo vendida no Brasil, por cerca de US$ 5, devido ao risco Brasil.

Risco Brasil – no caso do Brasil, como também no da África, é exigida uma série de certificações e avais em função dos riscos de crédito, por todas as questões de credibilidade: o chamado "Risco Brasil". O Brasil não é considerado no mercado internacional um bom pagador. Já tivemos escândalos financeiros que assustaram investidores sérios, atraindo ao país investimentos de curtíssimo prazo, capital especulativo e volátil, além dos chamados farejadores das Ilhas Cayman, que adoram negócios "nebulosos" para ancorar as operações de lavagem de dinheiro. Tudo isso entra na contabilidade dos empréstimos internacionais, e o risco que corremos é de acontecer de o dinheiro com taxa baixa ou a fundo perdido chegar na mão do pequeno com taxas altíssimas.

Não se deve esquecer ainda da vulnerabilidade deste indivíduo diante de contratos complexos, projetos duvidosos e pressões de especuladores, interessados em comprar terras abaixo do preço do mercado para se credenciarem a esses investimentos.

Perguntas comuns:

Possuo uma área com reflorestamento, posso ganhar créditos de carbono com isso?

R: Para que um projeto se encaixe dentro das regras do MDL este precisa cumprir um critério que se chama adicionalidade, segundo este, um projeto precisa: ou absorver dióxido de carbono da atmosfera (no caso de reflorestamentos) ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa (no caso de eficiência energética). Além disso, por este critério, o projeto precisa adicionar alguma vantagem, a qual não ocorreria sem este. Ou seja, no caso de reflorestamentos já ocorridos, o projeto não apresenta a adicionalidade, pois o reflorestamento já existia na ausência do projeto.

Projetos de conservação de mata nativa ou manejo florestal podem se tornar projetos de MDL?

R: Por enquanto, quanto à obtenção de créditos de carbono, a conservação e o manejo florestal não se encaixam dentro dos pré-requisitos para projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), ou seja, de comércio de carbono.

O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade, segundo este, um projeto precisa: ou absorver dióxido de carbono da atmosfera (no caso de reflorestamentos) ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa (no caso de eficiência energética). Assim, no caso de conservação florestal, não há adicionalidade pois, sem o projeto, a absorção do CO2 já ocorreria naturalmente. Mas esta possibilidade está sendo amplamente discutida, e já existem algumas bolsas de participação voluntária que negociam estes créditos, fora do mercado vinculado ao Protocolo de Kyoto. Uma destas bolsas é a Chicago Climate Exchange. Existem também alguns fundos que apóiam este tipo de projeto, como o BioCarbon Fund, do Banco Mundial e o Climate Care (www.climatecare.org). Uma possibilidade concreta para incentivar a preservação de áreas de mata nativa é a criação de uma RPPN (Reserva Privada do Patrimônio Natural). Em alguns estados a criação dessas reservas possibilita a isenção de alguns impostos e a utilização dessas áreas para fins de educação ambiental e ecoturismo.

Para mais informações entre no site www.ibama.gov.br ou www.rppnbrasil.org.br

Fontes:

http://www.ambientebrasil.com.br

http://www.carbonobrasil.com/faq.htm

http://www.carbotrader.com/carbono_port.htm

sábado, 25 de dezembro de 2010

Marx e seu legado de horrores

Marx e seu legado de horrores

Por Ipojuca Pontes


 

No momento em que escrevo estas notas, o Produto Interno Bruto brasileiro está sendo avaliado em mais R$ 3 trilhões (à margem o que se opera na sábia economia paralela), 38% dos quais vão diretamente para os cofres do governo e são torrados, em sua quase totalidade, em grossos salários e aposentadorias, propaganda, subsídios e patrocínios, viagens incessantes locais e internacionais, verbas de representação, festas, almoços, jantares, manutenção e custeio da amplíssima máquina burocrática, propinas, doações a fundo perdido, além de mordomias múltiplas - para não falar nas bilionárias e permanentes falcatruas das agências, bancos, ministérios e institutos oficiais.

     A justificativa encontrada pela elite política e administrativa do país para gastos tão alarmantes quanto inúteis são os imperativos de se obedecer aos dispositivos constitucionais,  traçados pela própria elite, e que impõem um simulacro de deveres para com o "social" – fraude lastreada, na atual temporada, pelo ardiloso programa do Bolsa Família. De fato, aos olhos de todos (se não estiverem tapados), na medida em que crescem de forma galopante as escorchantes tributações sobre os bens e ganhos privados, dos trabalhadores e dos empresários, aumenta o número de "excluídos", pois uma coisa decorre exatamente da outra: é o "Estado forte" (com suas "empenhadas" elites partidárias e instituições burocráticas em geral) que se apropria, por força da violência legal (e da inércia ou ignorância da população), da riqueza produzida pela sociedade para usufruto diuturno de privilégios. 

     A grande e inominável sacanagem que a elite política (à esquerda e à "direita") comete contra o povo brasileiro consiste em não esclarecer alto e bom som quanto à absoluta incapacidade do Estado em solucionar o problema da pobreza e de não o alertar para o fato de que a existência do Estado se fundamenta, por principio, na exploração e escravização da sociedade (daí, a extrema necessidade de tê-lo sob o controle do indivíduo).

      Pode-se afirmar, como Hegel, um professor universitário imaginoso e bem-remunerado, que o Estado representa a realidade racional do Espírito absoluto, ou tolerá-lo, no dizer de Roberto Campos, como um mal necessário. Mas, de um modo ou de outro, as medidas paliativas que em seu nome se alardeia, aqui e acolá, bem como as benfeitorias, no campo social, que a toda hora se inventa e proclama - são elas próprias a evidência do malogro.

     E aqui entra, mais uma vez, o pensamento de Marx (e afins). Vociferando contra as forças produtivas da sociedade historicamente sedimentada na propriedade privada, na confiança e na solidariedade que os homens cultivam para sobreviver, o irado profeta da trombeta vermelha, por força de um caráter absolutamente egoísta e deformado, fortaleceu como nenhum outro intelectual moderno o mito do Estado (especialmente ditatorial) como instrumento para se chegar à igualdade e à justiça social. Com sua diabólica vocação para vender ilusões e promover discórdias, expressão de injustificada revolta contra uma realidade espiritual transcendente que jamais chegou a entender, ele de fato ajudou (e continua ajudando com a mística do comunismo) a erguer sociedades perfeitamente escravocratas e desiguais, mantidas ora pela mentira e pelo genocídio, ora pelo medo e pelo terror.   

     Ao cabo de tudo devemos nos indagar sobre a verdadeira razão do prestigio do marxismo na América Latina, levando-se em consideração que as revoluções ocorridas nos últimos 100 anos jamais se deram, conforme previsto por Marx, pelo desenvolvimento das "contradições internas do capitalismo" e menos ainda pela força do "determinismo Histórico".

     Em parte, a pergunta encontra resposta na já mencionada luta campal que grupos, partidos e corporações travam pelo poder, usando como instrumental as mais fantasiosas teorias para legitimar a exploração do trabalho da maioria –

o que significa dizer,  em última análise, a exploração da riqueza criada pelo trabalhador e pelo empresário por uma minoria ativa de políticos, corporações e tecnoburocratas que usam o Estado (e seu aparato de violência legal) para impor suas vontades e garantir seus privilégios.

No que se refere à outra parte da resposta, tenho dúvidas quanto à capacidade da maioria em enxergar o óbvio ululante, pelo menos até que sinta na própria carne – a exemplo do que ocorreu na ex-URSS e ocorre hoje em Cuba, Coréia do Norte, Vietnã e China – a tirania da nomenclatura em nome da Ditadura do Proletariado - o que, bem avaliado, no Brasil de hoje é um projeto que navega firme e a todo vapor.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS


COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS


Moacir da Cruz Rocha *


 



Entregar o produto no momento, no local e de forma adequada ao consumidor final, é o objetivo maior que faz com que sejam montadas complexas e gigantescas estruturas de comercialização e logística.

Na agricultura, a origem do processo se dá com a decisão do produtor do que e quanto plantar. A qualidade dessa decisão depende da profundidade do conhecimento que ele tiver sobre o ramo em que atua e da noção de gestão empresarial, para adotar as melhores estratégias na superação das dificuldades e minimização dos riscos que envolvem a atividade agrícola, especialmente na fase de comercialização.

Observar o cenário e entender como atividade pode ser afetada em determinada conjuntura, pode ser determinante na tomada de decisão do produtor agrícola. É fundamental entender que a globalização tanto apresenta desafios, como oportunidades. Fazendo com que os sistemas agroindustriais ultrapassem as fronteiras nacionais e as nações possam se posicionar, simultaneamente, como exportadoras e importadoras de bens, mão-de-obra, indústrias, tecnologias e outros.

Para que o empresário agrícola consiga obter sucesso na comercialização de seus produtos é necessário que conheça os fundamentos do mercado. Estes são, entre outros, as cadeias produtivas, suas interrelações contratuais; os determinantes da oferta e da demanda dos produtos e de seus substitutos e os demais elementos da estrutura de mercado que influenciam o comportamento dos preços. Eles são as forças que dão origem a meios diferentes de formação e transmissão de preços dos produtos agropecuários. Juntamente com o


 


 

* MSc em Economia (UNAMA), Especialista em Gestão da Informação no Agronegócio (UFJF)Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal Rural da Amazônia, Administrador formado pela Universidade da Amazônia, , E-mail: moacir.rocha@conab.gov.br


 

acompanhamento dos preços dos mercados futuros, fornecem as ferramentas básicas para operar nos mercados agropecuários.

A comercialização de produtos agrícolas é diferente de outros mercados, como comércio e indústria. Algumas dessas diferenças podem ser percebidas a partir das características do produto e da produção.

Os produtos agrícolas não estão normalmente utilizáveis para o consumo, à saída da exploração. Nestes casos, a sua preparação pode envolver a passagem por uma ou várias agroindústrias que os transformam em outros produtos que serão disponibilizados ao consumidor. O produtor agrícola também pode, ele próprio, apostar na transformação artesanal dos seus produtos. Em qualquer dos casos, esta função é importante pois, a este nível, se pode fazer a diferenciação do produto final.
As características principais dos produtos agrícolas são:
a) produzidos na forma bruta – necessitam ser transformados antes de ser vendidos ao consumidor final;

b) são perecíveis – se não se dispõe de forma adequada de armazenagem, precisam ser comercializados rapidamente; e

c) são volumosos – encarecendo o transporte e o armazenamento.

A produção apresenta as seguintes características:

a) variabilidade da produção anual;

b) sazonalidade;

c) distribuição geográfica;

d) atomização da produção;

e) variação da qualidade do produto;

f) dificuldade de ajustamento; e

g) estruturas de mercado enfrentadas.


A comercialização de produtos agrícolas engloba todo o processo que decorre desde a saída do produto da exploração agrícola até à sua chegada às mãos do consumidor". Engloba todas as operações e agentes que as realizam, relacionadas com o movimento de alimentos produzidos pela agricultura e matérias-primas, das explorações agrícolas até os consumidores finais e os efeitos destas operações sobre os agricultores, intermediários e consumidores.
A comercialização agrícola é como uma série de funções ou atividades de transformação e adição de utilidade (proporcionar satisfação biológica ou psicológica ao ser humano, que se dispõe a pagar por sua posse), onde bens e serviços são transferidos dos produtores aos consumidores. A comercialização ocorre no mercado, que é o local onde operam as forças de oferta e demanda e ocorrem as transferências de bens e serviços em troca de dinheiro. Mercado é "(...) uma coleção de firmas, cada uma delas ofertando produtos que têm algum grau de substituição para os mesmos compradores potenciais".
Durante o processo de comercialização ocorrem alterações de posse, forma, tempo e espaço. As alterações de posse correspondem à transferência de propriedade; ocorrem entre os agentes que operam entre a produção e o consumo final. Alterações de forma ocorrem com o emprego de recursos produtivos para transformar o produto agrícola de sua forma bruta em produto processado e em condições de ser consumido e proporcionar satisfação ao consumidor. As alterações temporais acontecem principalmente porque a produção agrícola é sazonal. As transformações espaciais referem-se a produção que ocorre, normalmente, em regiões fora do local de consumo .

O preço de um produto agrícola é um dos fatores que condiciona a sua procura. Preço de mercado é o preço que se consegue por um produto ao nível do consumidor, num mercado competitivo e reflete a satisfação que este espera conseguir através do consumo do produto. Ele também significa o nível de equilíbrio onde o máximo preço que os consumidores estão dispostos a pagar coincide com o mínimo preço que os produtores concordam em receber por determinada quantidade de produto.

No trajeto produtor-consumidor, a mercadoria passa por diferentes canais de distribuição. O nível do produtor é aquele onde os produtores oferecem sua produção aos intermediários. O nível de atacado é aquele onde ocorrem transações mais volumosas e a mercadoria passa para o varejista – é integrado pelos intermediários e alguns poucos produtores. O nível de varejo constitui o último elo da ligação e é aquele que está em contato mais direto com o consumidor.

O fluxo de mercadorias em direção ao consumidor pode ser decomposto em três fases distintas, mercados do interior ( concentração), mercados centrais (equilíbrio), mercado secundários (dispersão).

Na primeira etapa da comercialização há um processo de convergência da produção para um mercado central (atacadista). Neste mercado se dá o balanceamento entre oferta e demanda, caracterizando a segunda fase, onde a produção pode ou não ser armazenada. A terceira fase envolve a dispersão da produção em lotes cada vez menores, até alcançarem os consumidores finais por meio dos varejistas.

As operações de comercialização mais importantes são as seguintes:
Transporte: a operação de transporte é cada vez mais importante dado o afastamento das áreas de produção em relação aos centros de consumo e às maiores exigências, em termos de qualidade dos produtos, dos consumidores; acrescenta unidades de espaço ao produto agrário.
Armazenagem / Conservação: enquanto que a oferta de muitos dos produtos agrícolas se concentra apenas em alguns meses do ano (sazonalidade das produções), o consumo desses mesmos produtos dá-se durante todo o ano; tal só é possível porque se armazena e conserva (ou se transforma no caso de produtos perecíveis) uma parte importante das colheitas. Por outro lado, a oferta de produtos agrícolas também varia de um ano para outro. A armazenagem permite regularizar a oferta possibilitando a disponibilização de estoques quando a produção é insuficiente e a criação de estoques quando a produção é excedentária; acrescenta unidades de tempo ao produto agrícola.
Transformação: a transformação é normalmente considerada uma atividade à parte da comercialização. No entanto, os seus aspectos econômicos e comerciais fazem parte integrante da comercialização. Ela é importante para a diferenciação de muitos produtos agrícolas e mesmo indispensável para a conservação de outros (trigo, soja, milho, etc.).
Normalização / Tipificação: a normalização tem como objetivo formar lotes homogêneos de produtos de modo a facilitar as operações de compra e venda. A normalização, associada à tipificação, deve ser realizada para todas as produções agrárias pois contribui para a sua diferenciação junto do consumidor; estas operações acrescentam unidades de forma ao produto.
Embalagem / Informação ao consumidor: a embalagem tem funções identificadas com a proteção dos produtos agrícolas, a facilidade de transporte, a informação ao consumidor, mas igualmente com a imagem do produto. Há dois níveis a considerar: a embalagem de grandes quantidades de produtos, em que as primeiras funções referidas são privilegiadas e a embalagem para venda a retalho, em que se tem que ter em conta todas as funções que a embalagem pode desempenhar; esta operação acrescenta unidades de forma ao produto.

Compra / Venda: é a operação mais importante e óbvia da comercialização. Esta consiste, em parte, num conjunto de transações entre indivíduos que aproximam os produtos agrários do consumidor.

Estas operações compreendem algumas das atividades da logística,. Contudo, o transporte, por ser atividade fundamental da comercialização e ao mesmo tempo, um dos maiores causadores de problemas, merece um maior aprofundamento que farei no próximo artigo.

sábado, 27 de novembro de 2010

Os caminhos da fome no mundo

FAO quer estimular produção industrial de insetos

A decisão tem como objetivo utilizar os animais como nova fonte de alimento para ajudar a atenuar a fome no mundo

por Isabel Martínez Pita / Agência EFE


A nova tendência da gastronomia mexicana funde elementos da comida tradicional pré-hispânica, como os insetos, com a mediterrânea e internacional

Estima-se que em 2050 a população mundial vai superar nove bilhões de pessoas, um número que poderá causar um colapso na indústria de alimentos. Perante a situação, especialistas da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) decidiram promover os insetos, tão malvistos em algumas civilizações e tão requeridos há séculos em outras como elemento fundamental para a nutrição.

Responsáveis pelo Programa de Insetos Comestíveis do Departamento de Florestas da FAO, em Roma, dizem que não se pode ignorar a eficiência dos insetos como produtores de proteínas, em detrimento de outros animais incluídos na dieta tradicional. Mesmo assim, nem todos os bichos podem ser inseridos na alimentação e, além disso, uma ação indiscriminada poderia provocar graves problemas ambientais.

 Cultura da entomologia

Há séculos foram muitas as culturas que mantiveram os insetos como base de sua alimentação. Atualmente, 36 países da África, 29 da Ásia e 23 na América consomem cerca de 527 tipos de insetos diferentes. Entre os grupos de animais mais comuns estão: escaravelhos; formigas, abelhas e vespas; gafanhotos e grilos; e traças e borboletas.

Julieta Ramos Elorduy Blázquez, professora e pesquisadora do Instituto de Biologia da Universidade do México, dedica-se a mais de três décadas ao estudo dos insetos e suas virtudes alimentares. Ela conviveu com diferentes tribos do México e extraiu os conhecimentos destes povos para os quais os insetos são uma tradição gastronômica lendária.

O México é um dos lugares com maior consumo de insetos em sua dieta comum. Sabe-se de seu uso culinário há 500 anos. Os primeiros espanhóis que se estabeleceram ali enviavam aos reis da Espanha ilustrações desses pequenos bichos que eram consumidos, entre os quais se encontravam gafanhotos, abelhas, vespas e escaravelhos.

Segundo a pesquisadora, o consumo dos insetos continua em todo o país, sobretudo nas áreas rurais. Inclusive, há alguns deles que atingem preços muito elevados, como é o caso do verme branco do agave, que custa US$ 500 o quilo (R$ 860). O peso equivale a cerca de 1.600 vermes, embora seja uma quantidade difícil de obter dada sua escassez. "O valor nutritivo dos insetos é maior que o do resto das proteínas animais. Seu conteúdo em proteínas é comparável ao da carne e sua quantidade de fibra é ainda maior", sustenta a bióloga.

 Limpos e saborosos

Apesar da ideia generalizada que se tem dos insetos em alguns países desenvolvidos, onde estão associados à sujeira, nos Estados Unidos há empresas dedicadas exclusivamente a sua comercialização. Em Montreal, no Canadá, a cada ano se realizam festivais de degustação e em outros países europeus, como a Espanha, restaurantes abriram suas portas para que os insetos sejam os únicos protagonistas de seus pratos. Embora sua comercialização em massa pareça ainda estar distante.


Gafanhotos, ovos de formiga, jumiles (um inseto parecido com a barata), larvas de mosca e vários vermes podem ser degustados acompanhando risotos, lasanhas ou pratos elaborados de carnes

"Não acho que as empresas, as firmas e multinacionais apoiem a iniciativa imediatamente. Eles farão isso quando já não virem outra forma de fazer as coisas. O indivíduo da cidade tem pavor dos insetos. Para eles são animais sujos, geradores de lixo ou que se encontram em lugares que não reúnem condições de higiene", afirma Blázquez.

A pesquisadora diz que os insetos, além de seu valor nutritivo, também possuem sabor agradável. "A aparência é o que pode ser o pior para pessoas com outro tipo de cultura, porque para muitos do meio rural todos estes animaizinhos são limpos e saborosos, não possuem aspectos negativos, só qualidades", diz.

As vantagens, para Blázquez, são inúmeras. Os insetos são os animais mais numerosos do planeta e, na criação, não ocupam muito espaço. O custo também é avaliado por não demandar valores altos com manutenção e alimentação que pode ser realizada com resíduos orgânicos, dependendo do inseto.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Educação para a Liberdade

Artigo no Alerta Total – http://www.alertatotal.net/


Por Arlindo Montenegro


Minha irmã mais velha chegava da escola com a "Cartilha do povo", onde a mão espalmada, mostrava acima de cada dedo uma letra: a. e. i, o, u, - logo abaixo a frase: "Eva viu o ovo". Iamos almoçar e depois brincar. Mais tarde, voz de mãe, indicava, "hora de estudar... ensine a seu irmão o que você aprendeu hoje". Assim no exercício da cultura familiar valorizando a educação, aprendí brincando a ler e escrever.

Faz tempo! O valor atribuído à educação, o envolvimento, cobrança e empenho familiar naquele passado, comparado com os dias correntes é de arrepiar. O que me foi ensinado como grandes homens, exemplos a seguir, as escolas e textos de hoje apresentam como figuras caricatas. Já tivemos a notícia de cientistas respeitados internacionalmente.

Aqueles homens de saber técnico e científico, os grandes educadores ladeando nomes de elevado saber, sumiram da paisagem. Os governantes constroem escolas e tiram retrato inaugurando. Mas faltam professores vocacionados, bem remunerados. Pior, falta a liberdade de transmitir o conhecimento que não seja determinado pelo governo, com o viés da ideologia marxista disfarçado em cada texto e em todas as práticas políticas educacionais.

Parece que o governo se empenha em manter a gente burra e desinformada. Os que se destacam acabam buscando um jeito de estudar no exterior, porque aqui, os recursos são limitados e poucas escolas fogem aos limites postos pelo estado. "A educação é muito importante para ficar nas mãos do governo", é o que diz Andres Oppenheimer, acaba de lançar um livro sobre educação na América Latina: "Basta de histórias" ainda não traduzido no Brasil.

Depois de ironizar como os presidentes de alguns países estão empenhados em desenterrar (Bolivar, Perón e outros) "seus presidentes, deveriam dedicar mais tempo para saber, por que os jovens de seus países ocupam os últimos lugares nos exames anuais internacionais de matemáticas, ciencia e linguagem; por que nenhuma universidade latino-americana aparece entre as 100 melhores do mundo..."

As Nações Unidas indicam que a Coréia do Sul registra 80.000 patentes por ano no mundo, enquanto todos os países do nosso continente, juntos, registram menos de 1.200. Na China, India, Singapura, Finlândia e Coréia do Sul, as crianças passam entre dez e doze horas diárias na escola, sem tantos feriados e com um reduzido período de férias escolares de 30 dias anuais.

Oppenheimer indica que "é hora de olhar menos para o passado e olhar um pouco mais para o futuro e que os presidentes contem menos lorotas e se dediquem mais a promover a melhoria de qualidade na educação, na ciência e na tecnologia". Está na hora da educação ser o centro da atenção prioritária em nossos países.

O livro "Basta de Histórias", destaca uma iniciativa brasileira que o governo adotou como obra sua: a iniciativa empresarial "Todos pela Educação" que possivelmente perde espaço com a associaçâo às políticas governamentais e seus curriculos dominados pela ideologia marxista. Continuamos com estatísticas pobres. O anafabetismo continua feroz. Metade dos jovens não chegar a completar o ensino médio. E agora as empresas são obrigadas a importar profissionais cuja formação no Brasil é falha, inconsistente.

Fundado em 2007, por iniciativa de empresários, acadêmicos e artistas, o fóco do programa estava em convencer a opinião pública da necessidade de acesso à melhor educação, forçando as políticas governamentais. Salvo algumas exceções pontuais, a política tem travado o programa.

O compromisso de iniciativa empresarial estabelecia a mobilização da União, Estados e Municípios, em estreita colaboração com as famílias e da população, com a adesão a 28 diretrizes, dentre as quais a alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, combater a evasão, matricular as crianças na escola mais próxima da residência, ampliar o período diário de permanência na escola, plano de carreira para professores... aí a porca torceu o rabo!

O entrave burocrático, a ideologia que limita o magistério, a corrupção entre os políticos que não poupa nem a merenda escolar, os recursos de investimento cada ano mais reduzidos e desviados, parecem entravar a educação no Brasil. Até mesmo a formação doméstica, tão comum em outros países, está proibida entre nós. Os candidatos prometem... resta a mobilização da consciência pública para cobrar, exigir seriedade e respeito na formação substancial e legítima das crianças e jovens.

No papel tudo é promissor. Na prática as políticas limitam, desviam, obstruem.

Arlindo Montenegro é Apicultor.

domingo, 3 de outubro de 2010

DEPOIS DE ALGUM TEMPO

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longa distância. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não deve se comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se tornar a pessoa que você quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo; mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que chute, quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer, não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém - algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que, com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você junte os seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"


William Shakespeare

VIVER COM ENTUSIASMO


 


 


10 DICAS PARA VIVER COM ENTUSIASMO


 



1. Afastar-se de fatos e de pessoas negativas e negadoras. Cuidado com as noticias ruins. Afaste-se delas;

2. Aceitar e valorizar os "insights" positivos;

3. Não reclamar e não falar mal dos outros;

4. Cultivar a alegria, o riso, o bom humor;

5. Iluminar mais o seu ambiente de trabalho e sua casa. A escuridão traz a depressão;

6. Ser alguém sempre pronto a colaborar;

7. Surpreender as pessoas com "momentos mágicos";

8. Fazer tudo com sentimento de perfeição, prestando atenção aos detalhes;

9. Andar bem vestido, limpo e perfumado. Gostar da sua imagem;

10. Agir prontamente. "Do it now".

O Modelo Político Atual

 
 

A Educação de Crasso


 

Alípio Crasso foi governador da Beócia durante o reinado de Trajano. De sua grande popularidade ficaram registros em cartas de Plínio, o Novo, e desenho em azulejos com a inscrição: "Crasso nos governa, somos felizes".

Recentes escavações no Estreito de Bósforo resgataram um baú com estatuetas do jovem Crasso sendo educado por seu pai, Lupilio. Sabe-se que eram vendidas e o povo as estimava, colocando-as ao lado das figuras dos deuses nos santuários caseiros.

As estatuetas fizeram renascer a discussão acerca do papel de Lupilio na educação do seu adoradissimo filho. Educação não apenas guerreira ou moral, mas principalmente política. Com isso, foi revalorizado um texto que vinha saciando apenas os cupins. Falo dos "Apontamentos para a Política e Governo dos Homens", escrito por Lupilio durante o cerco dos Quados.

Trata-se de um texto muito valioso, e diz a tradição que Crasso o seguiu à risca nos seus quarenta e seis anos à frente dos negócios beócios, em que, segundo o poeta Euriano, "O sol não abrasava/ O vento não destruía/ A chuva não castigava/ Assim era cada dia".

Vale a pena rever essa lição de sabedoria política que deve estar na gaveta de muito político moderno:

"Meu filho, quando nasceste e vi teu olhar pálido e idiota pendurado no centro da enorme e desproporcional cabeça, não pude dar-te outro nome que não o de Crasso. Porém, convencido de que a pedagogia corrige a natureza, desde cedo te preparei para a profissão em que os imbecís são honrados: a política.

Agora que Ernulfo está à morte e fostes escolhido governador, medita uma vez mais nessas lições. Garanto que serás amado por uns, temido por outros e respeitado por todos:

1) Faze obras grandes e vistosas sem te perguntar pela utilidade delas. Esquece os esgotos, lembra-te das pontes. Um mísero arco na rua do estádio vale mais que a porção de trigo de cem camponeses famintos.

2) Sai às ruas, discute com o vendedor de pães, ralha com os cobradores de impostos. Lembra-te que eles são odiados e é bom que pareças ser inimigo deles.

3) Rebatiza tudo e assim pensarão que tudo é obra tua. Não ergueu Ernulfo as Termas do Monte ? Pois bem, manda fazer ali duas estátuas e põe dois soldados à porta; depois lhe muda o nome para Termas da Lua ou Termas de Trajano. Em dois anos todos pensarão que tu mesmo os fizestes. Em três, estarão chamando-as de Termas de Crasso.

4) Apega-te a coisas mesquinhas. Se pensares nas guerras, nas estradas e nos granários, em que serás diferente dos outros que vieram antes de ti? Legisla sobre as túnicas dos moços, discute a ferradura ideal para os cavalos, faze leis sobre o consumo de fumo, proibe as mulheres de beberem mais de dois copos de vinho nas saturnais. Um pai pensa nos estudos do seu filho, mas também se preocupa com a queda de sua franja.

5) Vai aos jogos, ordena trombetas à tua entrada e à tua saída, chega sempre um quarto de hora depois do horário aprazado

6) Ernulfo vai às guerras e regressa de boa saúde. Nunca cometas semelhante estupidez. Volta com um ferimento e, por pequeno que seja, exibe-o no mercado.

7) Aprende a retórica e esmera-te na arte de nada dizer.

8) Sempre que encontrares um pedinte, tortura-o com a descrição das tuas infelicidades. Faze-o crer que tens inveja da liberdade que os deuses graciosamente lhe deram. Convence-o de que a vida no palácio é toda cheia de crimes, aleivosias e conspirações. Os pobres gostam de pensar que são mais felizes do que os ricos e assim se sentirem superiores a eles. Com um punhado de lágrimas ganharás não só a sua simpatia, mas também a sua compaixão.

9) Calçaste uma rua ? Toca tambores e chama o circo. Nunca inaugures nada em silêncio e modéstia.

10) Segue os usos e costumes de Roma, manda trazer os vasos do último gosto, faze crer a todos que és refinado e conheces as maneiras da mesa de Trajano. Dize sempre : "Em Roma se faz assim", ou "Essa é a maneira como eles fazem isto". Assim os que te ouvirem pensarão que tens amizades com os patrícios.

OBS=>A Beócia não melhorou muito no governo de Crasso, mas os beócios o adoravam. (J.Roberto Torero)

domingo, 12 de setembro de 2010

ELEMENTOS PARA UMA BOA APRESENTAÇÃO

ELEMENTOS PARA UMA BOA APRESENTAÇÃO

Adaptado de Lenny Larkowski

Autor dos Livros:



"Apresentação sem Esforço" e "O Caminho Fácil para a Apresentação de Sucesso".


 

..."Metade do mundo é constituido por indivíduos que tem alguma coisa a dizer mas não podem fazê-lo; a outra metade não tem nada para dizer e insiste em fazê-lo"... (L. Laskowski).

Qualquer um pode falar em público. Nem todos, contudo, podem falar efetivamente em público. Para isso, há seis elementos que devem ser considerados:

Esteja Preparado

Estar preparado é, sem dúvida nenhuma, o elemento mais importante para uma apresentação correta e eficiente. Como regra geral você deve dispender cerca de 30 horas entre preparo e ensaios, para cada hora da sua apresentação. Desse modo, para um tema livre de 10 minutos, devemos gastar aproximadamente 5 horas entre o preparo e o treinamento para a apresentação.

Experiência Pessoal

Sempre que possível use exemplos e casos da sua experiência pessoal. Intercale pequenos casos que podem enfatizar o seu ponto de vista. Compartilhe a sua experiência com a platéia.

Mantenha a Calma

Para manter a calma você deve estar preparado para a apresentação. Focalize sua atenção na apresentação e não na platéia. Use gestos e movimente-se. Pratique a abertura da sua apresentação; planeje exatamente como ela deve ser e como você vai fazê-la. A platéia, em geral, julga você nos primeiros 30 segundos da sua apresentação.

Use Humor Natural

Não tente transformar sua apresentação numa comédia. Sob determinadas circunstâncias, contudo, uma ligeira "pitada" de humor pode ser benéfica à sua apresentação. Use um humor natural; faça um leve gracejo com alguma coisa que você disse ou mostrou. Mas lembre-se nunca faça piadas com alguém da sua platéia, ainda que seja seu amigo. Em geral as pessoas apreciam um leve toque de humor na apresentação, quando este é apropriado e de bom gosto. De outra forma o humor pode ter efeito negativo na apresentação. Na dúvida, ou se você não tem experiência com a apresentação oral, talvez seja melhor evitar este quesito.

Planeje seus Gestos e Posição das mãos

Durante o ensaio da sua apresentação observe momentos em que um determinado gesto pode acentuar a importância da sua mensagem. Estabeleça cerca de três posições em que você deve ficar a maior parte do tempo e pratique como mover-se entre elas e em que momento da apresentação isso deve ser feito. Evite ficar parado no mesmo ponto com as mãos para tráz
ou no bolso, durante todo o tempo da apresentação. Fale preferencialmente de pé, a menos que a organização da mesa requeira o contrário. Sempre que se mover, mantenha contato visual com a platéia.

Atenção aos detalhes

Preste muita atenção a todos os detalhes. Certifique-se de saber a data, local, sala e a hora exatos da sua apresentação. Procure saber como chegar ao local com antecedência. Informe-se sobre a audiência prevista, tipo, número aproximado de participantes, especialmente se você pretende distribuir um resumo escrito da sua apresentação. Chegue ao local com alguma antecedência, para uma checagem final das condições gerais e ainda a tempo de promover eventuais ajustes, se necessário.

Lembre-se que a falta de planejamento é a maneira mais fácil de fazer uma apresentação sem sucesso.


 

OUTRAS "DICAS" SOBRE A PREPARAÇÃO DA APRESENTAÇÃO

A melhor maneira de "dar a impressão" de que você conhece o assunto de que está falando é realmente conhecer o assunto sobre o qual versa a sua apresentação. Isto significa que você deve conhecer bem o assunto e estar capacitado a responder algumas perguntas relacionadas ao mesmo. Por outro lado, é impossível para qualquer apresentador estar preparado para responder toda e qualquer pergunta sobre o assunto. Assim, não é nenhuma vergonha responder não sei, quando a resposta não lhe ocorre imediatamente. Esta resposta é preferível a uma resposta incorreta, incompleta ou a uma divagação inconclusiva sobre o tema da pergunta. Evite o "tiro no escuro". A plateia aceita melhor e compreende perfeitamente. Até porque nem todas as respostas são conhecidas, em relação a muitos assuntos.

As apresentações científicas invariavelmente usam recursos visuais, habitualmente slides ou transparências. O tempo de duração da sua apresentação também vai determinar o número de slides adequado. Ao ensaiar a sua apresentação você poderá adequá-la exatamente ao tempo disponível. Uma boa regra de "algibeira" para determinar o número ideal de slides é considerar adequado, no máximo, um slide simples para cada minuto de apresentação. Alguns oradores usam uma relação um pouco menor. Isto também vai depender da complexidade dos slides. A apresentação de um tema livre com a duração de 10 minutos deve ser feita com um número de slides entre seis e oito. Um apresentador experiente, usando slides bastante simples, pode atingir o máximo de 10 slides (um por minuto). Um número maior de slides, indiscutivelmente assegura que ou o tempo da apresentação será ultrapassado ou os últimos slides não serão mostrados. Nos dois casos, a plateia percebe e lamenta que a apresentação não tenha sido adequadamente preparada.

Ao ensaiar a sua apresentação faça-o para um pequeno grupo de amigos ou sozinho, diante de um espelho. Você pode gravar em fita ou em vídeo e vai ter uma ideia completa de como a apresentação pode ser melhorada ou modificada, até estar rigorosamente dentro do que você planejou.

É recomendável formar um grupo de estudos, preparar trabalhos e ensaiar a sua apresentação, dentro do grupo, com a finalidade de adquirir uma experiência que será de extrema valia nos congressos. Para os ensaios podem ser usados alguns trabalhos publicados na literatura e permitem adquirir experiência com o preparo e a apresentação.

Em conclusão, a vontade de realizar é o grande propulsor de cada apresentador. Existindo a vontade, todos os obstáculos, por maiores que possam parecer, são facilmente transpostos.

É bom saber que

1 - O objetivo do sistema de Gestão do Conhecimento é ajudar os trabalhadores do conhecimento a criarem, organizarem e disponibilizarem conhecimentos importantes dos negócios, sempre e onde se achar necessário em uma organização.


 

2 - Uma efetiva Gestão de Sistemas de Informação é auxiliar a empresa a buscar resultados positivos (lucros obviamente – eficácia) com eficientes sistemas de informação.


 


 

Questão 6 – Com base nas aulas de SIGs, complete as frases abaixo:


 

3 - Os Sistemas Nível Operacional dão suporte aos gerentes organizacionais no acompanhamento de transações elementares da organização.


 

4 - Os Sistemas Nível Estratégico são projetados para apoiar as atividades de planejamento de longo alcance dos gerentes sênior e seu principal interesse é conciliar alterações no ambiente externo com a capacidade organizacional existente.


 


 

5 - Produção, Marketing, Administração de Finanças, Administração de Materiais, Administração de Recursos Humanos, Administração de Serviços e Gestão Empresarial são categorias funcionais de TPS


 

6 – Os Sistemas de Informações Gerenciais fornecem relatórios diários ou mensais e em alguns casos, acesso on-line ao desempenho da organização e a registros históricos.


 


 


 

7 - São elementos do processo decisório:


 


 

a) A incerteza


 

b) Os recursos do tomador de decisões


 

8 - Produção, Marketing, Administração de Finanças, Administração de Materiais, Administração de Recursos Humanos, Administração de Serviços e Gestão Empresarial são diferentes tipos de sistemas de informação das áreas funcionais.


 

h) Preencha o croquis com o modelo dos componentes da cadeia do fluxo dos... componentes da informação


 

 

Tomada de Decisão

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL (SIG)

Introdução:

Todas as funções da administração – planejamento, organização, liderança, e controle são necessárias para o bom desempenho da organização. Para apoiar essas funções, especialmente o planejamento e o controle, são de destacada importância os sistemas que fornecem informações aos administradores. Esses sistemas de informações estão ligados ao sistema físico – operacional e surgem da necessidade de desenvolver as operações fundamentais da firma. Podemos dizer até que esses sistemas são criados automaticamente pelas necessidades de administração operacional. Como exemplo: podemos citar: Os sistemas de informações de controle de estoque, de banco de dados de estrutura de produtos de processo de produção, de planejamento e controle da produção.Etc...

Definindo o Sistema de Informação Gerencial

Existem muitas definições do SIG, para nossos propósitos definimos como um método formal de tornar disponíveis para a administração, oportunamente, as informações precisas necessárias para facilitar o processo de tomada de decisão e para dar condições para que as funções de planejamento, controle e operacionais da organização sejam executadas eficazmente. O sistema fornece informações sobre o passado, o presente, e o futuro projetado sobre efeitos relevantes dentro e fora da organização.

O uso da palavra "formal" em nossa definição não pretende negar a importância da rede informal de comunicações no mecanismo de controle da organização. De fato, muitas vezes os administradores detectam problemas antes que apareçam nos relatórios formais de controle, porque estão sintonizados nos boatos. A capacidade dos administradores de manter canais eficazes de comunicação informal, de perceber as implicações das informações que esses canais transmitem, e de avaliar, decidir e agir rapidamente sobre essas informações amplia enormemente a utilidade da SIG.

A Evolução do Sistema de Informação Gerencial

As organizações sempre tiveram algum tipo de sistema de informação gerencial, mesmo que ele não tenha sido reconhecido como tal. No passado esses sistemas eram muito informais em sua montagem e utilização. Só com o advento dos computadores, com sua capacidade de processar e condensar quantidade de dados, o projeto do sistema de informação gerencial se tornou um processo formal e um campo de estudo. A tentativa de usar com eficácias os computadores levou a identificação e ao estudo dos sistemas de informação e ao planejamento, à implementação e à revisão de novos sistemas.

PED: Quando computadores começam a ser introduzido nas organizações, foram usados principalmente para processar dados para algumas poucas funções da organização – usualmente contabilidade e faturamento. Devido às habilidades especializadas que eram requisito para operar os equipamentos caros, complexos e algumas vezes temperamentais, os computadores eram localizados em Departamentos de Processamento de Dados (PED) conhecido como Centro de Processamento de Dados (CPD). À medida que crescia a velocidade e a facilidade de processar dados, outras tarefas de processamento de dados e gerência de informações foram computadorizadas. Para lidar com essas novas tarefas, CPDs desenvolveram relatórios padronizados para o uso dos seus gerentes de operações.

SAD: Um sistema de apoio às decisões (SAD) é um sistema de computação interativo que é facilmente acessível e operado por pessoas não especializadas em computadores, que podem usar o SAD para ajudá-las a planejar e a tomar decisões. (Muitos sistemas de informação criados por praticantes de ciência operacional são, na verdade, sistemas de apoio à decisão). O uso dos SAD tem crescido significativamente, à mediada que avanços recentes de hardware e software de computadores permitem que os administradores tenham acesso ''on-line'' ou ''em tempo real'' aos bancos de dados dos sistemas de informações baseados em computadores. O uso disseminado dos microcomputadores permitiu que os administradores criassem seus próprios bancos de dados e manipulassem eletronicamente informações de acordo com a necessidade, em vez de esperar relatórios dos SIG ainda serem necessários para monitorar as operações em andamento, os SAD permitem o uso menos estruturado dos bancos de dados à medida que surge a necessidade de decisões especiais.

IA: Uma das áreas de crescimento mais rápido na tecnologia de informação nos EUA, a inteligência artificial, usa o computador para simular algumas características do processamento humano. Os sistemas especialistas usam técnicas de inteligência artificial para diagnosticar problemas, recomendar estratégicas para enviar ou resolver esses problemas e oferecer uma explicação lógica para as recomendações. De fato, o sistema especialista age como um ''expert'' humano na analise de situação não estruturadas.

A Importância do SIG para as Empresas

Geralmente há dificuldade para avaliar, de forma quantitativa, qual o efeito benefício de um sistema de informações gerenciais, ou seja, a melhoria no processo decisório.

Entretanto pode-se trabalhar com base numa lista de hipóteses sobre os impactos dos sistemas de informações gerenciais na empresa, o que propicia o executivo um entendimento, ainda que genérico, de sua importância.

Neste sentido pode-se afirmar que os sistemas de informações gerenciais podem, sob determinadas condições, trazer os seguintes benefícios para as empresas:

* redução dos custos das operações;

* melhoria no acesso as informações, propiciando relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço;

* melhoria de produtividade, tanto setorial quanto global;

* melhoria nos serviços realizados e oferecidos;

* melhoria na tomada de decisões, por meio de fornecimento de informações mais rápidas e precisas;

* melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de informações;

* melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos, a partir das constantes mutações nos fatores ambientais;

* otimização na prestação dos seus serviços aos clientes;

* melhor interação com seus fornecedores;

* aumento do nível de motivação das pessoas envolvidas.

Os sistemas de informações, como geradores de informações de caráter decisório, devem ser estabelecidos como processos de comunicação mediante os quais são fornecidos os elementos básicos para as decisões nos vários pontos da empresa.

O SIG auxilia os executivos das empresas a consolidar o tripé básico de sustentação da empresa: quantidade, produtividade e participação. A qualidade não deve estar associada apenas ao produto ou serviço final. A qualidade deve envolver o nível de satisfação das pessoas no trabalho, associado a uma quantidade de vida que se estenda à sua estrutura pessoal, familiar e social.

A produtividade não deve ser abordada como um assunto de tempos e métodos, de ergonomia ou de linhas de produção. Ela deve ir até o nível de produtividade global e consolidar a filosofia de comprometimento de todos para com os resultados parciais e globais da empresa.

Para que a empresa possa usufruir as vantagens básicas do sistema de informações gerenciais, é necessário que alguns aspectos sejam observados, entre os quais podem ser citados:

a)
O envolvimento adequado da Alta e Média administração com o SIG;

b)
A competência por parte das pessoas envolvidas no SIG

c)
O uso de um plano-mestre.

d)
A atenção específica ao fator humano da empresa

e)
A habilidade dos executivos da empresa para tomarem decisões com base em informações.

f)
O apoio catalisador de um sistema de controladoria (contabilidade, custos e orçamentos).

g)
O conhecimento e a confiança no SIG.

h)
A adequada relação custo X benefício.

Verifica-se que esses aspectos podem proporcionar adequada sustentação de desenvolvimento e implementação do SIG na empresa. E, por conseqüência, o potencial vantagens de um adequado SIG poderá ser mais bem usufruído pelos executivos da empresa.

Vale chamar a atenção para cinco suposições comuns e erradas que têm levado os sistemas de informações gerenciais a fracassarem como solução para todo o tipo de problema empresarial, a saber:

1)
O executivo necessita muito de informações mais relevantes;

2)
O executivo necessita das informações que deseja;

3)
Entregues aos executivos as informações que ele necessita, suas decisões melhorarão;

4)
Mais comunicação significa desempenho melhor;

5)
Um executivo não tem que saber como funciona um sistema de informações.

Um Intuito de eliminar tais elementos, atualmente trabalha-se com os.Sistemas

em tempo real, de modo a proporcionar sistemas eficientes, devidamente integrados às decisões empresariais, assegurando a validade das ações.

Tecnologias de Apoio

Podemos citar os seguintes:

Leitura Ótica = Tecnologia e sistemas de leitura automática, normalmente. Efetuada por meio do conceito de código de
barras.

Scannerização = Tecnologia de copiagem de documentos, com palavras, números ou imagens, transformando – os em entradas de dados para os sistemas de informação.

Coletores Eletrônicos de Dados = Tecnologia de Sistemas de coleta de dados de diversas origens, tipo cartão de ponto de trabalho automático, sistemas de controle de pessoal (crachá eletrônico), etc...

Edi – Troca Eletrônica de Dados = Tecnologias e sistemas de transmissão e retransmissão de informação. Ferramentas importantes para o processo de venda das empresas, bem como de identificação de produtos e pessoas.

Multimídia = Incorporação de som e imagem (vídeo, televisão) aos sistemas de informação. Ferramentas importantes para o processo de venda das empresas, bem como de identificação de produtos e pessoas.

Telecomunicações e Satélites = Incorporação de sistemas e tecnologias para comunicação entre empresas e dentro da empresa, tais como palestras e conferências eletrônicas, reuniões à distância, via rádio, circuito de televisão, sistemas de segurança etc...

Aplicativos Genéricos

Workflow = Sistema de Gerenciamento e distribuição de informações de forma eletrônica de um processo, dentro de uma organização.

Data Warehousing = É um sistema complementar de banco de informações, organizado para permitir que todas as empresas realizem a busca e coleta de dados oriundos de diversas bases e sistemas operacionais. É um armazém organizado de informações de todos os sistemas acessível de forma pretensamente inteligível para qualquer usuário dentro da empresa.

Internet= Rede mundial de computadores que se comunicam entre si, utilizando uma linguagem comum.

Browser= Software que permite e facilita a pesquisa e capacitação de informações dentro de um sistema ou rede de computadores. É utilizado para as redes de Internet e Intranet ou mesmo para sistemas ou subsistemas empresariais.

Cartão de Crédito = O acoplamento da rede mundial de cartões de crédito, junto com a Internet, permite a empresa agilizar o processo de pagamento e recebimento de contas à distância.

Correio Eletrônico= Variações do tema de comunicação e pesquisa eletrônica dentro e fora da empresa. Complementos aos sistemas de comunicações existentes.

E – Mail = Serviço de troca de mensagens entre dois usuários, por meio de computador.

Intranet = Disponibilização de informações da empresa utilizando o padrão WWW (da Internet).

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Gestão do conhecimento


 


 


 


 

Gestão do Conhecimento

Luciana Horta - Publicado em 09.11.2007


 


 

Atualmente, em um mercado competitivo, as empresas buscam a todo tempo, maneiras de sobreviver a este cenário mercadológico como também de se diferenciar em seus serviços e/ou produtos oferecidos. Passam então, a articular novas propostas de gestão, dentre elas a gestão do conhecimento e a gestão da informação.


 

O conceito de gestão de conhecimento e de gestão da informação é visto sob óticas diferenciadas, como podemos observar nas colocações dos autores a seguir.


 

Segundo Davenport (1998), a gestão do conhecimento pode ser vista como uma série de ações gerenciais constantes e sistemáticas que facilitam os processos de criação, registro e compartilhamento do conhecimento nas organizações. Para Alvarenga Neto (2005), gestão do conhecimento deve ser entendida como gestão da organização na era do conhecimento. Na concepção do autor, as empresas não gerenciam o conhecimento; este se encontra incorporado em cada pessoa e na fronteira periférica existente entre as mentes de várias pessoas que atuam dentro de uma mesma organização. O que as empresas fazem é gerenciar as condições ambientais necessárias à criação e troca de conhecimento novo, favorecendo o processo de inovação, necessário à sua sustentabilidade. A idéia de que não se gerencia o conhecimento na concepção estrita da palavra se aproxima da visão de Albrecht (2004), quando diz que o conhecimento não deve ser disciplinado. Aqui, toma-se emprestada a opinião de Von Krogh; Ichijo; Nonaka (2001), quando dizem que não se gerencia conhecimento, apenas capacita-se para o conhecimento, facilitando-se os relacionamentos, as conversas e o compartilhamento do conhecimento localizado em toda a organização, independentemente de suas fronteiras geográficas e culturais.


 

Em relação à gestão da informação, conforme defende Alvarenga Neto (2005), ela é considerada como um dos componentes da gestão do conhecimento. Para o autor, a gestão da informação deve ser vista como o ponto de partida para qualquer iniciativa relativa à gestão do conhecimento. No entanto, ela não tem a preocupação com a criação, uso e compartilhamento de conhecimentos, o que faz a gestão do conhecimento ir muito além da gestão da informação.


 

Não se nega que a gestão da informação é apontada como uma ferramenta essencial à gestão do conhecimento. As empresas, sem dúvida, podem ser mais inteligentes promovendo o entendimento do seu business entre todos os empregados, fazendo a informação "girar". Mas, para tanto, precisam transformar seus dados em informação e depois em inteligência ou conhecimento, conforme processo a seguir.


 

DADO: reflete as operações diárias da organização; são "brutos".


 

INFORMAÇÃO: são os dados processados e consolidados.


 

INTELIGÊNCIA OU CONHECIMENTO: entendimento dos dados processados.


 


 

Entretanto, para que a gestão do conhecimento seja considerada um marco estratégico, torna-se necessário investir na geração e disseminação do conhecimento por meio de pesquisas, estudos, artigos, palestras e aulas, que tornam uma instituição reconhecida como geradora de conhecimento próprio. Desta maneira, a instituição estaria trabalhando de forma proativa, dinâmica e engajada ao objetivo – Gestão do Conhecimento.


 

Alguns pontos podem ser considerados no intuito de reconhecer se uma instituição tem mesmo uma gestão voltada para o conhecimento. São eles:


 

• estabelecimento de uma visão estratégica para o uso da informação e do conhecimento;

• aquisição, criação e transferência de conhecimentos tácitos e explícitos;

• promoção da criatividade, da inovação, da aprendizagem e educação contínua;

• promoção de um contexto organizacional adequado.


 

Apoiando nas idéias de Carvalho e Tavares (2001:62), "para implementar um estado de gestão do conhecimento uma organização precisa:


 

• saber identificar e disseminar o conhecimento já existente, o seu capital intelectual;

• saber utilizar esse conhecimento já existente, aplicando-o com eficácia em seu negócio;

• saber estimular a produção de novos conhecimentos;

• saber identificar o momento em que os novos conhecimentos são produzidos;

• saber utilizar o novo conhecimento, direcionando-o para o seu negócio, tornando-o essencial para o mesmo".


 

Alvarenga Neto (2005) propõe que a GC deve ser compreendida como:


 

O conjunto de atividades voltadas para a promoção do conhecimento organizacional, possibilitando que as organizações e seus colaboradores possam sempre se utilizar das melhores informações e dos melhores conhecimentos disponíveis, com vistas ao alcance dos objetivos organizacionais e maximização da competitividade (ALVARENGA NETO, 2005:18).


 

Neste sentido, vale ressaltar a importância do benchmark em instituições que já têm a excelência da gestão do conhecimento, considerando que as informações levantadas poderão vir a ser excelentes instrumentos de comparação, além de efervescente fonte de novas idéias. Desta forma, espera-se a proximidade de boa parte dos movimentos e dos ambientes nos quais se produzem a criação, a retenção, o compartilhamento e a disseminação dos conhecimentos, movimentos estes que dão suporte à implementação de um estado de gestão do conhecimento na organização.


 


 


 

http://www.duplipensar.net/artigos/2007s2/gestao-do-conhecimento.html


 


 

Notas :


 

Em computação, benchmark é o ato de executar um programa de computador, um conjunto de programas ou outras operações, a fim de avaliar a performance relativa de um objeto, normalmente executando uma série de testes padrões e ensaios nele.