Ao
se falar da agricultura, não se pode esquecer o Egito pagando um justo tributo aos fatores
naturais que foram preponderantes para que essa civilização o que ocupava uma estreita
faixa de terra cercada de desertos,se desenvolvesse de modo tão
exemplar para o mundo de hoje.
O
rio Nilo fornecia a água necessária para sobrevivência do plantio do Egito. No período
das cheias suas águas transbordavam o leito normal e inundavam as margens, depositando
uma camada riquíssima de humus, aproveitada com sabedoria pelos egípcios tão logo o período de enchentes passava,
aproveitando ao máximo o solo fértil para o cultivo. Utilizaram um sistema de controle da
água em quantidades suficientes conforme a necessidade das plantas, assegurando
sua produtividade. Recuperaram terras pantanosas, construiram diques.
A
agricultura era a atividade mais importante na economia egípcia. O tempo disponível
nos períodos de entressafra era absorvido nas construções de monumentos, templos
sepulcros,no artesanato e em obras de irrigação. Além dos produtos agrícolas
complementavam sua alimentação com pesca
e caça. Fabricavam vinhos de uvas e tâmaras, pão e cerveja de trigo
e cevada. Com um vegetal chamado papiro faziam cordas, redes, barcos e o famoso
tecido para escrever. Na agricultura adotavam uma técnica muito simples,utilizando
os animais para a semeadura em terrenos moles e a enxada e o arado em terrenos,
mais duros.
E
alem desses aspectos ligados essencialmente ao setor da produção, há
o registro histórico das ações
de apoio a comercialização e abastecimento alimentar, visando o enfrentamento dos
momentos de escassez das colheitas. O primeiro relato que existe da construção
dos primeiros armazéns datam de 1700A.C., onde José ao interpretar
um sonho que o rei teve, no qual haveria sete anos de abundância,
seguidos por sete anos de fome em todo país; José começou a construir e estocar
um quinto da colheita de cada ano em armazéns e celeiros, em cada cidade do Egito;
e o país sobreviveu, nos anos de fome, através de bons planejamentos e distribuição.Esses
armazéns construídos em forma piramidal e com as faces distribuídas
conforme os pontos cardeais, asseguravam as qualidades dos grãos, reduzindo ao mínimo as quebras por perdas de umidade e
evitando ataque de pragas e doenças.
José
desenvolveu uma nova maneira no uso da terra,nos indicando que certas coisas que
são desenvolvidas numa situação de emergência podem se tornar parte da vida normal.
A maneira como o trigo foi armazenado e distribuído expandiu o trabalho e responsabilidade
por todo o país. Ao
invés de
ter um grande centro, José fez com que cada região montasse seu armazém. Essa constatação
faz a tão festejada pregação dos especialistas atuais em Agronegócios,virar peça
de museu.
O
Egito era o único país que estava preparado para a fome no Médio Oriente, pôde satisfazer suas próprias necessidades
e a de países vizinhos. Nos mostra que o planejamento para enfrentar situações de
desastres pode trazer benefícios para o país,fazendo o bem e atingindo os propósitos da humanidade.
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