segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O Maior Escândalo Ambiental da História
Quantidade de Créditos de MDL Vendidos Por País
Segundo o MDL, os países ou empresas dos países ricos fariam investimentos nas nações menos desenvolvidos para reduzir as emissões de carbono e assim conseguiriam créditos que poderiam ser abatidos nas suas obrigações com o Protocolo.
O problema é que a fiscalização nessas transações de MDL é quase inexistente e acabou gerando vários casos absurdos. Ontem, Christopher Booker relatou que firmas chinesas e indianas estão deliberadamente gerando grandes quantidades de gases altamente poluentes como o HFC-23 (hidroflurocarbono), que é 11 mil vezes mais poluente do que o carbono, para depois cobrar para destruir a
China e Índia têm licença para produzir o gás refrigerante HFC-22 até 2030, esse gás gera o HFC-23 como subproduto. Para destruir esse subproduto, esses países vendem creditos de MDL, isto é, cobram para destruir esse gás. E, por vezes, essa destruição sai muito mais cara do que seria normal.
O site New Europe disse ontem que a Europa pagará 3,5 bilhões de euros para destruir HFC-23 na China e na Índia até 2012, que custaria normalmente apenas 40 milhões.
Calcula-se que 51% dos projetos do MDL são relacionadas a essas fraudes com HFC-23. Mark Roberts da Agência de Investigação Ambiental diz que esse "This is the biggest environmental scandal in history and makes an absolute mockery of international efforts to combat climate change." (Este é o maior escândalo ambiental da história e faz zombaria dos esforços internacionais de combate à mudança climática")
Como se vê no gráfico acima retirado do site da ONU, a China e a Índia estão bem na frente do Brasil na venda de MDLs. O Brasil está apresentando um programa de eliminação de HFC e os MDLs brasileiros, até onde eu sei, são mais relacionados a lixões (controle da emissão de metano).
O MDL como está não pode ficar. Só não sei se a atual diplomacia brasileira compartilha da minha opinião.
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