terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Gestão do conhecimento


 


 


 


 

Gestão do Conhecimento

Luciana Horta - Publicado em 09.11.2007


 


 

Atualmente, em um mercado competitivo, as empresas buscam a todo tempo, maneiras de sobreviver a este cenário mercadológico como também de se diferenciar em seus serviços e/ou produtos oferecidos. Passam então, a articular novas propostas de gestão, dentre elas a gestão do conhecimento e a gestão da informação.


 

O conceito de gestão de conhecimento e de gestão da informação é visto sob óticas diferenciadas, como podemos observar nas colocações dos autores a seguir.


 

Segundo Davenport (1998), a gestão do conhecimento pode ser vista como uma série de ações gerenciais constantes e sistemáticas que facilitam os processos de criação, registro e compartilhamento do conhecimento nas organizações. Para Alvarenga Neto (2005), gestão do conhecimento deve ser entendida como gestão da organização na era do conhecimento. Na concepção do autor, as empresas não gerenciam o conhecimento; este se encontra incorporado em cada pessoa e na fronteira periférica existente entre as mentes de várias pessoas que atuam dentro de uma mesma organização. O que as empresas fazem é gerenciar as condições ambientais necessárias à criação e troca de conhecimento novo, favorecendo o processo de inovação, necessário à sua sustentabilidade. A idéia de que não se gerencia o conhecimento na concepção estrita da palavra se aproxima da visão de Albrecht (2004), quando diz que o conhecimento não deve ser disciplinado. Aqui, toma-se emprestada a opinião de Von Krogh; Ichijo; Nonaka (2001), quando dizem que não se gerencia conhecimento, apenas capacita-se para o conhecimento, facilitando-se os relacionamentos, as conversas e o compartilhamento do conhecimento localizado em toda a organização, independentemente de suas fronteiras geográficas e culturais.


 

Em relação à gestão da informação, conforme defende Alvarenga Neto (2005), ela é considerada como um dos componentes da gestão do conhecimento. Para o autor, a gestão da informação deve ser vista como o ponto de partida para qualquer iniciativa relativa à gestão do conhecimento. No entanto, ela não tem a preocupação com a criação, uso e compartilhamento de conhecimentos, o que faz a gestão do conhecimento ir muito além da gestão da informação.


 

Não se nega que a gestão da informação é apontada como uma ferramenta essencial à gestão do conhecimento. As empresas, sem dúvida, podem ser mais inteligentes promovendo o entendimento do seu business entre todos os empregados, fazendo a informação "girar". Mas, para tanto, precisam transformar seus dados em informação e depois em inteligência ou conhecimento, conforme processo a seguir.


 

DADO: reflete as operações diárias da organização; são "brutos".


 

INFORMAÇÃO: são os dados processados e consolidados.


 

INTELIGÊNCIA OU CONHECIMENTO: entendimento dos dados processados.


 


 

Entretanto, para que a gestão do conhecimento seja considerada um marco estratégico, torna-se necessário investir na geração e disseminação do conhecimento por meio de pesquisas, estudos, artigos, palestras e aulas, que tornam uma instituição reconhecida como geradora de conhecimento próprio. Desta maneira, a instituição estaria trabalhando de forma proativa, dinâmica e engajada ao objetivo – Gestão do Conhecimento.


 

Alguns pontos podem ser considerados no intuito de reconhecer se uma instituição tem mesmo uma gestão voltada para o conhecimento. São eles:


 

• estabelecimento de uma visão estratégica para o uso da informação e do conhecimento;

• aquisição, criação e transferência de conhecimentos tácitos e explícitos;

• promoção da criatividade, da inovação, da aprendizagem e educação contínua;

• promoção de um contexto organizacional adequado.


 

Apoiando nas idéias de Carvalho e Tavares (2001:62), "para implementar um estado de gestão do conhecimento uma organização precisa:


 

• saber identificar e disseminar o conhecimento já existente, o seu capital intelectual;

• saber utilizar esse conhecimento já existente, aplicando-o com eficácia em seu negócio;

• saber estimular a produção de novos conhecimentos;

• saber identificar o momento em que os novos conhecimentos são produzidos;

• saber utilizar o novo conhecimento, direcionando-o para o seu negócio, tornando-o essencial para o mesmo".


 

Alvarenga Neto (2005) propõe que a GC deve ser compreendida como:


 

O conjunto de atividades voltadas para a promoção do conhecimento organizacional, possibilitando que as organizações e seus colaboradores possam sempre se utilizar das melhores informações e dos melhores conhecimentos disponíveis, com vistas ao alcance dos objetivos organizacionais e maximização da competitividade (ALVARENGA NETO, 2005:18).


 

Neste sentido, vale ressaltar a importância do benchmark em instituições que já têm a excelência da gestão do conhecimento, considerando que as informações levantadas poderão vir a ser excelentes instrumentos de comparação, além de efervescente fonte de novas idéias. Desta forma, espera-se a proximidade de boa parte dos movimentos e dos ambientes nos quais se produzem a criação, a retenção, o compartilhamento e a disseminação dos conhecimentos, movimentos estes que dão suporte à implementação de um estado de gestão do conhecimento na organização.


 


 


 

http://www.duplipensar.net/artigos/2007s2/gestao-do-conhecimento.html


 


 

Notas :


 

Em computação, benchmark é o ato de executar um programa de computador, um conjunto de programas ou outras operações, a fim de avaliar a performance relativa de um objeto, normalmente executando uma série de testes padrões e ensaios nele.

A Importância da Gestão do Conhecimento nas Empresas


 

A globalização está fazendo com que as empresas, sem as proteções oficiais das reservas de mercado, tenham que se ajustar à Nova Economia. Precisam adequar seus custos e aumentar a produtividade para serem competitivas.

Por isso, muitas empresas já estão pensando em seus funcionários operacionais, administrativos e administradores não mais como simples "Recursos Humanos", mas sim, como "Capital Humano".

Esse enfoque enfatiza que as pessoas são parte crucial de uma empresa e, como tal, têm necessidade de ser desenvolvidas, gerenciadas e tratadas com o mesmo respeito distinguido a todos os outros capitais.

Na Nova Economia, as mudanças ocorrem com extrema rapidez e as pessoas, apesar de não acompanharem essas mudanças com a mesma velocidade, têm que se amoldar às novas situações, necessitando de atenção para reduzirem ou eliminarem essa diferença e conseguirem atingir os objetivos empresariais.

Por outro lado, as empresas por muito tempo subestimaram o valor dos conhecimentos de seus funcionários. Hoje, sabe-se que a soma desses conhecimentos tem um valor e que mensurá-lo e tê-lo sob controle e, acima de tudo, aplicá-lo em favor da empresa torna-se um diferencial competitivo.

Mas, para ser aplicado, não basta tê-lo. Nesse momento entra outro importante e decisivo componente: a motivação do funcionário para aplicá-lo.

Somente empresas atentas ao seu Capital Humano conseguem reter os talentos e motivá-los a utilizar o seu conhecimento em benefício de ambos. A relação ganha/ganha faz parte dos valores dessas empresas.

Deve haver um alinhamento de todos os trabalhos de modo a converter o conhecimento dos trabalhadores em auto-realizarão e em benefícios para as empresas. A função gerencial passa a ter fundamental importância no desenvolvimento do "Capital Humano", devendo mesmo ser vista como sua missão.

O que diferencia as empresas na Nova Economia ou também chamada Economia da Era da Internet é o quanto de valor elas criam para seus clientes e consumidores.

A frase: "As empresas se constroem através de pessoas e nunca serão maiores ou melhores que as pessoas que as compõem." (autor desconhecido) exemplifica bem o quanto a qualidade das pessoas pode ser o diferencial competitivo num mercado globalizado.

Nesse ponto, o Capital Humano é o que faz a diferença.


 

Autor desconhecido

Exercícios de Pesquisa Operacional

  1. Certa empresa fabrica dois produtos P1 e P2. O lucro unitário do produto P1 é de R$ 1.000 e o lucro unitário de P2 é de R$ 1.800. A empresa precisa de 20 horas para fabricar uma unidade de P1 e de 30 horas para fabricar uma unidade de P2. O tempo anual de produção disponível para isso é de 1.200 horas. A demanda esperada para cada produto é de 40 unidades anuais de P1 e 30 unidades de anuais de P2. Qual é o plano de produção para que a empresa maximize o seu lucro nesses itens? Construa o modelo de programação linear para esse caso.


 

Resposta:

x1 → quantidade a produzir de P1

x2 → quantidade a produzir de P2

Max. Lucro = 1.000x1 + 1.800x2


 

s.a.     20x1 + 30x2 ≤ 1.200

    x1

≤ 40

    x2

≤ 30

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 


 

  1. Para uma boa alimentação, o corpo necessita de vitaminas e proteínas. A necessidade mínima de vitaminas é de 32 unidades por dia e de proteínas é de 36 unidades por dia. Uma pessoa tem disponível carne e peixe para se alimentar. Cada unidade de carne contém 4 unidades de vitaminas e 6 unidades de proteína. Cada unidade de peixe contém 8 unidades de vitaminas e 6 de proteínas. Qual a quantidade diária de carne e peixe que deve ser consumida para suprir as necessidades de vitaminas e proteínas com o menor custo possível? Cada unidade de carne custa R$ 2,00 e cada unidade de peixe custa R$ 3,00.

Resposta:

x1 → quantidade de carne a consumir por dia

x2 → quantidade de peixe a consumir no dia

Min. C = 2x1 + 3x2


 

s.a.     4x1 + 8x2 ≥ 32

    6x1 + 6x2 ≥ 36

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 

  1. Um sapateiro faz 6 sapatos por hora, se fizer somente sapatos, e 5 cintos por hora, se fizer somente cintos. Ele gasta 2 unidades de couro para fabricar uma unidade sapato e 1 unidade de couro para fabricar uma unidade de cinto. Sabendo-se que o total disponível de couro é de 6 unidades e que o lucro unitário por sapato é de R$ 5 e o do cinto é de R$ 2, pede-se: o modelo do sistema de produção do sapateiro, se o objetivo é maximizar o seu lucro por hora.

Resposta:

x1 → nº de sapatos por hora 10 minutos para sapatos e 12 minutos para cintos

x2 → nº de cintos por hora

Max. Lucro = 5x1 + 2x2


 

s.a.     10x1 + 12x2 ≤ 60

    2x1 + 1x2 ≤ 6

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 

  1. Certa empresa fabrica 2 produtos P1 e P2. O lucro por unidade de P1 é de R$ 100 e o lucro unitário de P2 é de R$ 150. A empresa necessita de 2 horas para fabricar uma unidade de P1 e 3 horas para fabricar uma unidade de P2. O tempo mensal disponível para essas atividades é de 120horas. As demandas esperadas para os 2 produtos levaram a empresa a decidir que os montantes produzidos de P1 e P2 não devem ultrapassar 40 unidades de P1 e 30 unidades de P2 por mês. Construa o modelo do sistema de produção mensal como objetivo de maximizar o lucro da empresa.


 

Resposta:

x1 → quantidade a produzir de P1

x2 → quantidade a produzir de P2

Max. Lucro = 100x1 + 150x2


 

s.a.     2x1 + 3x2 ≤ 120

    x1

≤ 40

    x2

≤ 30

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 

  1. Um vendedor de frutas pode transportar 800 caixas de frutas para sua região de vendas. Ele necessita transportar 200 caixas de laranjas a R$ 20 de lucro por caixa, pelo menos 100 caixas de pêssego a R$ 10 de lucro por caixa, e no máximo 200 caixas de tangerinas a R$ 30 de lucro por caixa. De que forma deverá ele carregar o caminhão para obter o lucro máximo? Construa o modelo do problema.


 

Resposta:

x1 → quantidade de caixas de pêssego

x2 → quantidade de caixas de tangerinas

Max. Lucro = 10x1 + 30x2 + 4.000


 

s.a.     x1 + x2 ≤ 600

    x1

≥ 100

    x2

≤ 200

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 

  1. Uma empresa fabrica 2 modelos de cinto de couro. O modelo M1, de melhor qualidade, requer o dobro do tempo de fabricação em relação ao modelo M2. Se todos os cintos fossem do modelo M2, a empresa poderia produzir 1.000 unidades por dia. A disponibilidade de couro permite fabricar 800 cintos de ambos os modelos por dia. Os cintos empregam fivelas diferentes, cuja disponibilidade diária é de 400 para o modelo M1 e e 700 para o modelo M2. Os lucros unitários são de R$ 4 para M1 e R$ 3 para M2. Qual o programa ótimo de produção que maximiza o lucro total diário da empresa? Construa o modelo do sistema descrito.


 

Resposta:

x1 → quantidade a produzir de M1

x2 → quantidade a produzir de M2

Max. Lucro = 4x1 + 3x2


 

s.a.     2x1 + x2 ≤ 1.000

    x1 + x2 ≤ 800

    x1

≤ 400

    x2

≤ 700

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 


 

  1. Uma rede de televisão local tem o seguinte problema: foi descoberto que o programa "A" com 20 minutos de música e 1 minuto de propaganda chama a atenção de 30.000 telespectadores, enquanto o programa "B" com 10 minutos de música e 1 minuto de propaganda chama a atenção de 10.000 telespectadores. No decorrer de uma semana, o patrocinador insiste no uso de no mínimo, 5 minutos para sua propaganda e que na há verba para mais de 80 minutos de música. Quantas vezes por semana cada programa deve ser levado ao ar para obter o número máximo de telespectadores ? Construa o modelo do sistema.


 

Resposta:

x1 → frequência semanal do programa A

x2 → frequência semanal do programa B

Max. T = 30.000x1 + 10.000x2


 

s.a.     1x1 + 1x2 ≥ 5

20x1 + 10x2 ≤ 80

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 


 

  1. Uma empresa, após um processo de racionalização de produção, ficou com disponibilidade de 3 recursos produtivos, R1, R2 e R3. Um estudo sobre o uso destes recursos indicou a possibilidade de se fabricar 2 produtos P1 e P2. Levantando os custos e consultando o departamento de vendas sobre o preço de colocação no mercado, verificou-se que P1 daria um lucro de $ 120,00 por unidade e P2, $ 150,00 por unidade. O departamento de produção forneceu a seguinte tabela de uso de recursos.


 

Produto 

Recurso R1 por unidade 

Recurso R2 por unidade 

Recurso R3 por unidade 

P1 

2 

3 

5 

P2

4 

2 

3 

Disponibilidade de recursos no mês 

100 

90 

120 


 

    Que produção mensal de P1 e P2 traz o maior lucro para a empresa ? Construa o modelo do sistema.


 

Resposta:

x1 → quantidade a produzir de P1

x2 → quantidade a produzir de P2

Max. Lucro = 120x1 + 150x2


 

s.a.     2x1 + 4x2 ≤ 100

    3x1 + 2x2 ≤ 90

    5x1 + 3x2 ≤ 120

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0


 

  1. Um fazendeiro está estudando a divisão de sua propriedade nas seguintes atividades produtivas:

    A (Arrendamento) – Destinar certa quantidade de alqueires para a plantação de cana-de-açucar, a uma usina local, que se encarrega da atividade e paga aluguel da terra $ 300,00 por alqueire por ano.

    P (Pecuária) – Usar outra parte para a criação de gado de corte. A recuperação das pastagens requer adubação (100 kg/Alq) e irrigação (100.000 litros de água/Alq) por ano. O lucro estimado nessa atividade é de $ 400,00 por alqueire no ano.

    S (Plantio de Soja) – Usar uma terça parte para o plantio de soja. Essa cultura requer 200 kg por alqueire de adubos e 200.000 litros de água/Alq para irrigação por ano. O lucro estimado nessa atividade é de $ 500,00 / Alqueire no ano.


     

    Disponibilidade de recursos por ano:

    12.750.000 litros de água

    14.000 kg de adubo

    100 alqueires de terra.


     

    Quantos alqueires deverá destinar a cada atividade para proporcionar o melhor retorno? Construa o modelo de decição.


 

Resposta:

x1 → alqueires para arrendamento

x2 → alqueires para pecuária

x3 → alqueires para soja


 

Max. Lucro = 300x1 + 400x2 + 500x3


 

s.a.     x1 + x2 + x3 ≤ 100

    100x1 + 200x3 ≤ 14.000

    100.000x1 + 200.000x3 ≤ 12.750.000

x1 ≥ 0 , x2 ≥ 0, x3 ≥ 0

Exercícios de Pesquisa Operacional